Adoção
No entanto, o processo de adoção no Brasil é lento e burocrático, o que acaba gerando uma expectativa muito grande por parte dos adotantes, que esperam por muito tempo nas filas de adoção e também por parte das crianças aguardando por serem adotadas, que idealizam e esperam pelo momento em que serão acolhidas por uma família.
É muito comum nas crianças que vivem nos abrigos existir sentimentos de rejeição e abandono, o que leva alguns a alimentarem a esperança de fazer parte de uma família, e levam outros a experimentarem sensações de descrença e revolta. Por isso, é essencial que após a adoção elas vivam em um ambiente confiável e seguro que ofereça condições favoráveis à reconstrução do seu psiquismo que se encontra fragilizado, sendo uma condição básica para sua reestruturação.
A expectativa entre as crianças a serem adotadas é geralmente muito idealizada e sonhada, principalmente por parte das meninas, o que leva futuramente a um processo de difícil aceitação da realidade após fazerem parte de uma família. A adoção é encarada por muitas das crianças como forma de preencher uma lacuna, um vazio.
No caso dos pais, o desejo frustrado de ter um filho biológico, acaba gerando na maioria das vezes uma sensação de fracasso e impotência. Assim, a adoção é entendida como uma forma de preencher e completar a família. A decisão pela adoção é um processo complexo que exige maturidade e preparação do casal; a ideia de gerar biologicamente uma criança deve ser