Ditadura
No dia 1º abril, as principais posições estratégicas já estavam sob controle dos golpistas, Goulart viaja do Rio de Janeiro para Brasília e em seguida Porto Alegre, algum tempo depois sairia do Brasil sem articular qualquer resistência. Ainda no dia 2, o presidente do senado, Auro de Moura Andrade, mesmo sabendo da presença do presidente em território nacional, declara a vacância da presidência em sessão tumultuada no congresso. Estava consumado o golpe. O deputado Ranieri Mazzili assume a Presidência da República apenas formalmente já que o poder de fato se encontrava nas mãos do recém criado “comando Supremo da Revolução”, órgão transitório formado e presidido por um dos conspiradores: o general Costa e Silva.
Os eventos de abril 1964 marcaram uma ampla ruptura na história politica brasileira não somente pôr iniciar e dar o tom ao regime militar que perduraria até 1985, mas também por representar o fracasso e a desarticulação do movimento nacional-popular que ganhava enorme projeção a partir do início da década de 1960.
O Congresso Nacional elegeu o general Humberto de Alencar Castelo Branco como presidente da Republica, dando início a uma série de cassações de mandatos e suspensões de direitos políticos.
A primeira fase do Estado de Segurança Nacional (ESN) instaurou uma conjuntura cujas bases foram lançadas sob os governos Castelo Branco e Costa e Silva e incorporadas à Constituição de 196. A colonização do governo desde abril 1964 sob a diretriz do Ato Comando pediu apoio da população e justificou seus atos com base em “programas”. Porém, a busca de segurança interna através da eliminação do “inimigo interno”, mostrou-se confiante com suposto objetivo de restabelecimento da legalidade e das instituições democráticas.
O Estado que sugeriu após o golpe de 1964 no Brasil correspondeu a uma redefinição politica no país sendo resultado da aliança entre os militares, os empresários e os tecnoburocratas, apoiados pela tradicional classe de