ADOÇÃO

1 – FAMÍLIA NATURAL E FAMÍLIA SUBSTITUTA A família se reveste de maior significação porque, sem qualquer dúvida é a célula mater da sociedade, ou seja, o núcleo fundamental, a base sólida em que se repousa a organização social. Em nosso ordenamento temos duas espécies de família: a família substituta e família natural. A família natural é a família biológica, ou seja, a família constituída de ascendentes e descendentes, unidos por laços de consangüinidade. Já a família substituta é a que substitui a família natural, ou seja, aquela que se propõe trazer para dentro dos umbrais da própria casa, uma criança ou um adolescente que por qualquer motivo foi desprovido da sua família natural. Esse assunto, trataremos neste capítulo de uma forma mais clara . exemplificativa.
1.1. Conceito de Família Natural e sua Evolução O homem, ao nascer, é membro integrante do organismo familial, muito embora venha a constituir nova família pelo casamento. E é nos seio familiar que se originam e se desenvolvem os hábitos, as inclinações e os sentimentos que nortearão o futuro do indivíduo. Atualmente, é fácil verificar-se que a família passa por uma série crise dada a debilidade moral. Assim, a missão do jurista é muito importante face o difícil momento pelo qual passa o instituto da família. A célula básica da família, formada por pais e filhos, não se alterou muito com a sociedade urbana. A família atual, contudo, difere das formas antigas no que concerne a suas finalidades, composição e papel de pais e mães. Segundo Rodrigues (1995, p. 4 e 5),
Num conceito mais amplo poder-se-ia definir a família como sendo aquela formada por todas as pessoas ligadas por vínculo de sangue, ou seja, todas aquelas pessoas provindas de um tronco ancestral comum, o que corresponde a incluir dentro da órbita da família todos os parentes consangüíneos. Numa acepção um pouco mais limitada, compreende-se a família como abrangendo os consangüíneos em linha reta e os colaterais sucessíveis, isto