adaptação ao meio liquido
No texto “A educação como política pública, Janete M. Lins de Azevedo explicita e problematiza as visões ideológicas que se complexificam e mutuamente insterferem entre si quando procuramos estudar as questões que emergem do traçado das políticas públicas, especialmente em educação.
Para tanto, não ignora as profundas mudanças vividas nos últimos anos, e que não somente alteraram paradigmas específicos da educação mas especialmente fizeram com que houvesse uma nova dinâmica forjada por movimentos políticos, econômicos e culturais que trouxeram novas realidades a serem incorporadas dentro das sociedades.
Por outro lado, não estão descartadas as possibilidades de análise das emergências neoliberais, como, por exemplo, as recentes questões ligadas ao trabalho, ao desemprego estrutural, às variáveis que induzem às violências (institucionais ou não) e às exclusões de toda a ordem que “colocam por terra as grandes promessas que se seguiram ao advento da modernidade. Além disso não se desconhece também o poder de persuasão da doustrina neoliberal, que vem orientando essas mudanças”. (op. Cit, p IX)
Na condução de seu estudo, a autora tece considerações sobre as visões ideológicas que entende serem as mais expressivas na condução, pelo Estado, de tais políticas. O capítulo um dedica-se a uma abordagem neoliberal, o dois à teoria liberal moderna da cidadania, o terceiro a abordagem marxista e um último capítulo buscando sintetizar uma proposta para a política educacional no espaço de interseção das abordagens anteriores.
Trata-se de um trabalho de extensa fundamentação teórica e que nos leva seguramente a pensarmos sobre as questões de fundamento que regem políticas estatais, dentre as quais as que tratam da educação.
A problematização das forças sociais e de classe que estão presentes ainda hoje nos fazem ter a clara sensação de que não vivemos o “fim da história”, mas que as lutas de classes e os embates ideológicos e os jogos de interesses é