Aborto - direito ou crime?

Direito ou crime? O aborto é a interrupção da gravidez, e pode ser espontâneo ou induzido. Neste caso, o foco é o aborto induzido. O processo oferece diversos ricos, tanto para a grávida quanto para o bebê, que são agravados com o aumento do tempo de gestação. No Brasil, a prática é considerada ilegal, salvo em situações de estupro ou quando não há outro meio de salvar a vida da mãe – caso esteja comprometida. Sendo considerado crime, clínicas clandestinas oferecem o serviço por preços menores a quem não tem recursos, e acabam atraindo muitas mulheres, que por vezes têm conhecimento dos perigos iminentes, mas levam o ato adiante. As questões são: em que momento o feto passar a ter direito a vida? As pessoas possuem o poder necessário para impedir este ciclo? Quase sempre, o tema é encarado como de direito exclusivo de um dos lados. Nas eleições brasileiras de 2010, houve certa discussão sobre isto. Marina Silva, candidata à presidência pelo Partido Verde, comentou: “Acho que deveria haver um plebiscito para tratar este tema. Não se pode impor nenhuma posição”. O que de fato, procede. Existe muita polêmica em torno e, com certeza, escolher uma perspectiva provocaria indignação de quem é contra. Além disto, deve-se levar em conta as causas e conseqüências de um aborto. Falta de condições financeiras, por exemplo. Seria justo dar a luz a uma criança que sequer teria o que comer num futuro próximo? E, ao mesmo tempo, seria correto dar fim à vida de alguém, independente do motivo? Em nosso país existe uma proposta de anteprojeto de lei que sugere mudança no Código Penal: a inclusão da terceira possibilidade quanto ao dito “aborto legalizado”, as anomalias fetais, que normalmente não permitem um bom desenvolvimento infantil e podem ser consideradas uma contagem regressiva para a morte. Existem vários métodos abortivos, dentre eles os mais conhecidos são: químico, por sucção, por evacuação ou dilatação, por curetagem e por esvaziamento craniano.