50 anos do Golpe
Justificativa:
“Restaurar a legalidade, revigorar a democracia, restabelecer a paz e promover o progresso e a justiça social.” À primeira vista, a frase poderia ser associada a algum pacifista ou ferrenho defensor do regime democrático, mas foi proferida pelo marechal Humberto de Alencar Castello Branco (1897-1967) em seu discurso de posse na Presidência da República em 1964, depois que um golpe depôs, pela via armada, um governo eleito pelo povo.
O ano de 2014 marca os 50 anos do golpe. O assunto volta a ganhar força não apenas pelo triste aniversário, mas também pela quantidade de revelações que surgem sobre os 21 anos em que os militares estiveram no poder.
“Vivemos hoje, com a Comissão Nacional da Verdade, um momento da justiça de transição, de acerto de contas com esse passado. Por isso, a sociedade discute mais esse tema do que o fez há algum tempo e, por consequência, o conhecimento e o interesse que os alunos trazem é bem maior”, afirma Gislene Lacerda, doutoranda em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Por esses e outros motivos, é importante que a escola trate do período em sala de aula, enfocando uma abordagem política, de conceituação de organização do Estado e formas de governo.
Objetivos
Compreender o Golpe de 1964 como resultado de disputas políticas nacionais e internacionais;
Reconhecer a arte e a cultura como meios de resistência e contestação política;
Relacionar, em contraposição, os conceitos de censura e liberdade de expressão hoje e no passado recente do Brasil
Reconhecer as liberdades individuais garantidas pela democracia e retiradas na ditadura;
Reconhecer os Direitos Humanos como inflexíveis e necessários;
Compreender os motivos da existência de diferentes visões sobre o período da ditadura.
Reconhecer semelhanças e diferenças da política econômica atual e a da ditadura.
Reconhecer as possibilidades de participação democrática instituídas após a redemocratização.
Refletir