Como surgiu o Serviço Social
O mundo estava em transição, em miséria, os operários revoltados com o capitalismo, e com tudo isso a Europa se tornou um caos, influenciando toda a América. A igreja tomou partido e tratou de armas estratégicas para por fim a esse caos: O Papa Leão XIII tornou oficial a "Encíclica Rerum Novarum" que consistia que a Igreja era capaz de por fim a essa miséria, a essa classe de miséria, e quem dava conta dessa situação era a Igreja que com sua doutrina punha fim a essa situação.
O que é o Serviço Social, como surgiu, a quem serve, porque surgiu, que forças concorreram no seu surgimento, qual a função concreta do Serviço Social, e por ter surgido no seio da Igreja Católica, com as protoformas neotomistas, não poderíamos considerar que a profissão é a caridade profissional? Estas perguntas freqüentemente aparecem não só no meio acadêmico como também nos diversos campos de atuação profissional.
Carlos Montaño (1998) em seus estudos sobre a natureza do Serviço Social apresenta duas teses claramente opostas sobre a natureza profissional: Perspectiva Endógena e Perspectiva Histórico-crítica. Neste texto, a parti da reflexão de diversos autores, pretendemos neste texto identificar o papel e a natureza do Serviço Social, tomando como base as duas perspectivas, levantadas por Montaño, sobre a institucionalização e legitimação da profissão no Brasil.
Na Perspectiva Endógena ou Conservadora a origem do Serviço Social está relacionada à evolução, organização e profissionalização da caridade e da filantropia, das damas de caridade (moças de família rica) emergentes na Igreja católica, através do humanismo cristão, enfocando, sobretudo, questões de natureza moral e orientação conservadora baseada no
Neotomismo. Dentre seus principais defensores podemos destacar: Herman Kruse, Ezequiel Ander-Egg, Natalio