50 anos do Golpe Militar
Completou-se, em março de 2014, 50 anos do Golpe Militar no Brasil. Para entender as discussões contemporâneas sobre este acontecimento é necessário compreender seu contexto.
O general Humberto de Alencar Castelo Branco foi o primeiro presidente militar após o Golpe de 1964*
No dia 31 de março de 2014 completaram-se 50 anos do Golpe Militar que o Brasil sofreu em 1964. Este acontecimento foi relembrado por pessoas que o testemunharam e revisado por historiadores e jornalistas com o intuito de reavaliar as versões sobre o Golpe, com base em novas documentações. O Golpe de 1964, denominado por seus autores como “Revolução”, tinha, inicialmente, uma proposta de reorganização das instituições políticas e da economia brasileira. Mas o regime militar acabou permanecendo no poder por mais tempo do que se planejou e se tornando progressivamente mais autoritário.
A justificativa para a intervenção militar se alicerçou na junção de vários fatores que se convergiram naquele momento, desde o ano de 1961, no qual, após um governo desastroso, Jânio Quadros renunciou à presidência do país, deixando o cargo para o seu vice, João Goulart. Neste período, fatos como as greves, a rebelião na Marinha, as propostas reformistas do presidente João Goulart, e sua demonstração de inabilidade política, e o crescimento das Ligas Camponesas que tinham uma proposta revolucionária guerrilheira, lideradas por Francisco Julião – que era muito próximo ao líder comunista cubano Fidel Castro, contribuíram para a articulação militar. Sem contar a influência do cenário da “Guerra Fria”, que refletia no Brasil a forte oposição ideológica entre comunistas e liberais/conservadores. Boa parte da sociedade civil se mostrou favorável à intervenção militar naquele contexto, sobretudo o setor conservador que organizou a “Marcha da Família com Deus e pela Liberdade”.
O primeiro dos presidentes militares, o general Humberto de Alencar Castelo Branco, foi