50 anos do golpe militar de 64
INTRODUÇÃO A curta existência do governo de João Goulart consolidou um novo contexto político-social no país. Foi o mais longo período de interrupção democrática pelo qual passou o Brasil. Conhecido como "os anos de chumbo", o período da ditadura foi marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas. Os militares combateram sem piedade qualquer ameaça comunista ou manifestantes contra o governo, marcando a história do Brasil por um período negro de atos autoritários ao extremo.
MOMENTO POLÍTICO DE 1964 A decisão do golpe militar não foi algo repentino. A vitória imperativa de Jânio Quadros o fez acreditar que a população o apoiaria sempre, arquitetou um plano de renúncia para voltar ao poder através de um pedido amplo de retorno que só aceitaria se lhe fosse dado poderes absolutos. O plano de renúncia de Jânio Quadros não funcionou e o cargo de presidente acabou ficando disponível para o seu vice, João Goulart. João Goulart, conhecido como Jango, tinha pensamentos políticos de esquerda, o que o fazia ser considerado uma ameaça. O estopim necessário para explodir um golpe militar se deu quando Leonel Brizola e João Goulart fizeram um discurso na Central do Brasil, Rio de Janeiro, no dia 13 de março, declarando as reformas de base, lideradas pela reforma agrária. Nos dias seguintes os oposicionistas se organizaram e promoveram seis dias depois a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, o movimento de base religiosa tinha como objetivo envolver o povo no combate ao maléfico comunismo. Assim, a religião, o povo e o interesse norte-americano formavam a sustentação que permitiria o golpe militar. (GASPARETTO,2010) O golpe começou a tomar forma, porém em atitude precipitada ele aconteceu na madrugada do dia 31 de março de