1889
A revolta de Canudos, chefiada pelo messiânico Antônio Conselheiro serviu para dar argumentos aos que desejavam a volta da ditadura militar.
O prestígio de Prudente de Morais foi retomado com a descoberta de atentados à sua vida que não tiveram sucesso por pouco. Ao tomar conhecimento do fato, a população se voltou a favor do presidente que pôde concluir o mandato em paz. Transferiu o poder para o seu conterrâneo Campos Salles, o segundo civil na Presidência da República.
Enfrentou séria crise financeira. Em 1900, a situação econômica era tão alarmante que metade dos bancos foi à falência.
Campos Salles criou a política dos governadores. Para obter apoio político prestigiou as oligarquias regionais que servilizaram o povo. A fraude eleitoral campeava. Os estados eram grandes condomínios caracterizados pelo absolutismo de oligarquias opressivas. A República, nos seus primeiros cem anos, foi uma monarquia disfarçada. Os antigos nobres eram agora os barões do café. Na prática, a República brasileira, para se viabilizar, teve de vestir a máscara da Monarquia, desvinculando-se de sua razão de ser: o povo.
Em 1993, realizou-se o plebiscito anunciado por Benjamin Constant na noite de 15 de novembro de 1889. Oficialmente, o povo decidiu-se pela República como sistema de governo. A Campanha das Diretas Já abriu caminho para que a República pudesse, finalmente, incorporar o povo na construção de seu futuro.É desse desafio que os brasileiros se encarregam atualmente.
Por que história se tornou um tema popular nos últimos anos? Existem várias respostas possíveis, mas uma delas é seguramente que os brasileiros estão olhando o passado em busca de explicações para o país de hoje."
O escritor Laurentino Gomes deve estar feliz e com certeza surpreso pelo sucesso dos seus livros: "1808" e "1822". Tomara