O Dizer E O Dito

antes, em outro lugar, independente. É o que retorna sob a forma do pré-construído, o já-dito que está na base do dizível, sustentando a cada tomada da palavra. O interdiscurso disponibiliza dizeres que afetam o modo como o sujeito significa em uma situação discursiva dada. P. 31 O dizer não é propriedade particular. As palavras não são só nossas. Elas significam pela história e pela língua. P. 32 Todo dizer, na realidade, se encontra na confluência dos dois eixos: o da memória…

Resumo: Apresentamos a noção de alteridade e contrariedade, a partir da discussão do não-ser no texto Sofista de Platão, trazendo como idéia central o conceito de imagem, fundamental para apresentar tais noções. Dizer que a imagem não é verdadeira não implica dizer que ela é incompatível com o real, contudo esta existiria em alteridade ou contrariedade ao que é real? Esta é a questão apresentada e aqui refletida. Palavras-chave: Alteridade. Contrariedade. Imagem. Quando falamos

menos do ponto de vista de Bourdieu. Por outro lado, ao colocar em ação a escuta ativa, a escuta precavida contra sua não neutralidade, os conceitos brotam, como que numa verificação renovada: não há como não se deparar com esse efeito surpresivo do dito que não se encaixa num molde pré-fabricado, mas que se ajusta a uma estrutura já identificada. Em alguns momentos, seu método lembrou o método psicanalítico. Também o psicanalista deve abrir mão de sua subjetividade para escutar o…

lugar da experiência hermenêutica Conforme Gadamer, “somente do diálogo chegamos às coisas”4. Através da linguagem que usamos para nos comunicar, filosofamos. A hermenêutica filosófica efetiva-se na troca de palavras, tornando aquilo que se quer dizer mais presente e familiar. O modo próprio de ser da linguagem, da hermenêutica filosófica, pode ser representado pelo jogo, pelo círculo hermenêutico, mas possui seu modo mais apropriado de realizar-se no diálogo. [...] O diálogo mostra…

discursos veiculados por ela são apenas reproduzidos, isto é, que no dizer dos meios de comunicação há sempre a volta de um já-dito que é constitutivo do sentido de todo dizer. A essa luz, pretende-se fazer uma comparação entre duas práticas discursivas (uma jornalística e outra publicitária), que versam sobre a temática: consumo de iogurte e cuidados com o corpo, no intuito de mostrar que elas reproduzem o mesmo discurso, quer dizer, que falam de uma mesma posição discursiva e, por…

domínios daEtnometodologia e da Análise da ConversaEtnometodológica (doravante ACE). Taltermo foi introduzido por Harvey Sacks, principal mentor de ACE, e Harold Garfinkel, o “pai” da etnometodologia – em 1972.Ambos consideravam a formulação como “dizer-em-tantas-palavras-o-que-estamos-fazendo (ou do que estamos falando, ou quemestá falando, ou quem somos, ou onde estamos.).” (GARFINKEL; SACKS, 1970, p. 171), sustentando que “um membro pode tratar um ou outro trecho da conversa como…

no índice remissivo, o autor chama-a de “romance”. Poderia ser um romance, já que o núcleo da narrativa é entremeado de digressões, descrições e dissertações e aprofundamento psicológico das personagens principais. Por outro lado, não seria absurdo dizer que a obra é composta por duas novelas, já que ambas histórias possuem seqüências de ações desencadeadas a partir do relacionamento da personagem principal com outras pessoas, com as quais convive. A prosa, porém, se aproximada da…

texto seja o entendimento. d. Com base na leitura do texto, elabore um parágrafo, apresentando sua posição em relação ao assunto. Sobre o texto “A Leitura” de Alberto Caldas, concordo com os mecanismos apresentados pelo mesmo. O famoso dito popular “o preto no branco – o texto” para que haja significado e seja capaz de transformar algo em nós através da sua essência, somente submetê-lo à leitura não é o suficiente, mas sim, encaminhá-lo ao processo minucioso de filtragem e…

linguagem); b. a história tem seu real afetado pelo simbólico ( os fatos reclamam sentidos); c. o sujeito de linguagem é descentrado pois é afetado pelo real da língua e também não tendo o controle sobre o modo como elas o afetam. Isso redunda em dizer que o sujeito discursivo funciona pelo inconsciente e pela ideologia. As palavras simples do nosso cotidiano já chegam até nós carregadas de sentidos que não sabemos como se constituíram e que no entanto significam em nós e para…

Coesão e Coerência textuais a) se tenha o que dizer; b) se tenha uma razão para dizer o que se tem a dizer; c) se tenha para quem dizer o que se tem a dizer; d) se assuma o papel de sujeito que diz o que diz para quem diz; e) se escolham as estratégias de textualidade para escrever a, b, c, d. (GERALDI, 1995, p. 137)  COERÊNCIA  COESÃO   A COERÊNCIA é a não-contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados LOGICAMENTE. Cada ideia nova…