O problema da noçao de (re)formulação
Paulo Cortes Gago (UFJF)
Talita Fernandes da Costa (UFJF)
Andressa Christine Oliveira da Silva (UFJF)
Clélia Precci Pereira Pachiel (UFJF)
Cristiane Dias Ferreira (UFJF)
Raquel Reis Rodrigues (UFJF)
Tassiana de Souza Frank do Nascimento (UFJF)1
RESUMO:O presente trabalho objetiva discutir o termo formulação proposto por Garfinkel e Sacks (1970), e reafirmado por Heritage e Watson (1979 e 1980), à luz de contribuições recentes na teoria, nomeadamente Bilmes (2011) e Deppermann (2011), que apresentam a proposta da reformulação. Com base em dados reais de fala-em-interação de mediação familiar judicial, descortinamos a problemática para a análise de dados em torno da (re)formulação.
PALAVRAS-CHAVE: Formulação; Reformulação; Análise da Conversa.
ABSTRACT: The present paper discusses the concept of formulation, proposed by Garfinkel and Sacks (1970) and reaffirmed by Heritage e Watson (1979 and 1980), in the light of recent contributions to the theory, made by Bilmes (2011) and Deppermann (2011), which presented the reformulation approach Based on actual data of talk-in-interaction of family legal mediation we discuss the (re)formulation problem for data analysis.
KEYWORDS: Formulation; Reformulation; Conversation Analysis.
Introdução
Considerando as mudanças ocorridas recentemente no que diz respeito à noção de formulação e reformulação, este artigo tem como propósito recapitular os primeiros conceitos criados por Garfinkel e Sacks (1970), e reafirmados por Heritage e Watson (1979; 1980) e Heritage (1985), que tiveram forte contribuição para estes estudos, e compará-los com as novas noções presentes nos textos de Bilmes (2011) e Depperman (2011). A finalidade é tecer relações entre essas noções, propondo um possível esclarecimento deste problema, sem, contudo, ter a pretensão de solucioná-lo, já que, por se tratar de mudanças recentes, ainda não há um consenso sequer entre os estudiosos a este