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DO JORNALÍSTICO AO PUBLICITÁRIO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE
PRÁTICAS DISCURSIVAS
FROM THE JOURNALISTIC TO THE PUBLICITY: A COMPARISON BETWEEN
DISCURSIVE PRACTICALS
Alex Sandro de Araujo Carmo1
RESUMO: A mídia em geral, muitas vezes, é descrita como manipuladora e criadora de valores e crenças. Ao se pensar assim, esquece-se que os discursos veiculados por ela são apenas reproduzidos, isto é, que no dizer dos meios de comunicação há sempre a volta de um já-dito que é constitutivo do sentido de todo dizer. A essa luz, pretende-se fazer uma comparação entre duas práticas discursivas (uma jornalística e outra publicitária), que versam sobre a temática: consumo de iogurte e cuidados com o corpo, no intuito de mostrar que elas reproduzem o mesmo discurso, quer dizer, que falam de uma mesma posição discursiva e, por isso, não podem ser responsabilizadas por criar/produzir discursos. Serão convocados para a realização deste artigo conceitos oriundos de duas teorias que não entendem o sujeito da mesma forma, sendo: uma, a Análise de Discurso de linha francesa (AD), ancorada, principalmente, nos estudos de Pêcheux (1997) e Orlandi
(2001), como aparato teórico de base; e outra, a Teoria da Argumentação na Língua, nos moldes de Ducrot (1989), como teoria auxiliar. O fato que permite, neste estudo, que estas teorias tão distintas sejam comungadas e trabalhadas em conjunto é que a última será vista a partir de um ponto de vista discursivo. Desta maneira, busca-se evidenciar que mesmo em suportes diferentes, isto é, no caso deste trabalho, no jornalístico e no publicitário, se pode veicular/reproduzir o mesmo discurso.
Palavras-chave: mídia, prática discursiva, topos, efeito de sentido.
ABSTRACT: The media in general, many times, are described as manipulative and creative of values and beliefs. Thinking in this way, one forgets that the speeches broadcasted for it are only reproduced, that is, in the mass media saying it always has the return of to the