Maurice Blanchot

literatura revela-se um recurso apropriado para, o mais satisfatoriamente possível, representar o irrepresentável ‘durante’ da morte. Essa soberania da escritora perante o tema da finitude humana remete-nos também às tão poéticas palavras de Maurice Blanchot, ao analisar a obra de Kafka: não se pode escrever se não se permanece senhor perante a morte, se não se estabeleceram com ela relações de soberania. Se ela for aquilo diante do qual se perde o controle, aquilo que não se pode…

limites do literário e do real desvelou para mim o sentido de que as revelações feitas pelos artistas são aquelas que ninguém ainda fez, é “linguagem do imaginário, aquela que ninguém fala, murmúrio do incessante e do interminável”, como compreende Blanchot (1987, p. 42). Por isso, a partir dessas reflexões procuro não mais misturar realidade com ficção. O homem, que conheci através das poesias de Manoel de Barros, possuía uma natureza lírica, não humana. O que o glorificava era tão…

Ele, assim, constitui-se “um livro-experiência por oposição a um livro-verdade e a um livro demonstração” (FOUCAULT, 1994, v. IV, p. 47). E experiência para Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari Friedrich Nietzsche (1844-1900) e Maurice Blanchot (1907-2003) “tem por função arrancar o sujeito dele mesmo, fazer de maneira que ele seja levado a seu aniquilamento ou à sua dissolução. É uma empresa de dessubjetivação” (FOUCAULT, 1994, v. IV p. 48). Foucault chama processo de…

| |___________________ | |1 BLANCHOT, Maurice. O espaço literário, p.45. | 9.2 SISTEMA ALFABÉTICO (AUTOR-DATA) Neste sistema, a indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor ou pela instituição

tempo, naturalmente, seria bastante interessante para si ~-se na mesma questlio em re~lio a oulros grandes espfritos, tanto se tratassem de poetas e escritores como H61der1in, NervaI, ou Maupassant, mesmo sendo mllsicos como Schumann, Henri Duparc ou Maurice Ravel. Porem continuando 0 plano de Nietzsche, se compreendi bem? Ja falou hem, brilhanternente desta experi~ncia da loucura. Era isto que voc~ queria reaImente dizer? FOUCAULT Sim. DEMONBYNES V~ evitou' falar de "consci~ncia" ou…

permitiu o desânimo, mostrando-me que já estava trilhando caminhos por mim desconhecidos. 5 Narra-se o que não se pode relatar. Narra-se o que é demasiadamente real para não arruinar as condições da realidade comedida que é a nossa. Maurice Blanchot, em O livro por vir A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio. Escrevo por acrobáticas e aéreas piruetas…

o que não dispensa a apresentação da lista de referências ao final do trabalho, conforme modelo abaixo: Ex.: NO TEXTO: A melhor definição é: "O poeta é aquele que ouve uma linguagem sem entendimento".1 NO RODAPÉ: ___________________ 1 BLANCHOT, Maurice. O espaço literário, p.45. 9.2 SISTEMA ALFABÉTICO (AUTOR-DATA) Neste sistema, a indicação da fonte é feita pelo sobrenome do autor ou pela instituição responsável ou, ainda, pelo título de entrada seguido da data de publicação…

Graal, 1983. Anderson, Perry. A crise da crise do marxismo — Introdução a um debate contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1984. Ariès, Philippe & Béjin, André Sexualidades ocidentais. São Brasiliense, 1986. (orgs.). Paulo: Blanchot, Maurice. Foucault como o imagino. Lisboa: Relógio d'Água Editores, s.d. Borges, Jorge Luis. Antologia personal. Buenos Aires: Emecé Editores, 1983. Bourdieu, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1982.…

mesmo que os arquitetos contemporâneos apresentem novas idéias e suas obras como pedaços, movimento ou até mesmo “organicidade”, elas permanecem sólidas. O fragmento é, em geral, definido como pedaço de uma coisa que se quebrou, se partiu. Maurice Blanchot dá outra definição: Fragmento: para além de qualquer fratura, de qualquer explosão, a paciência de pura impaciência, o pouco a pouco do repentino [...] O fragmentário, mais que a instabilidade (a não fixação), promete a…

de participação. Mas, na 36 Cf. supra, p. 81,.n.° 1. (E sobre esta idéia do simulacro, tal como aparece em Klossowski, em relação com o eterno retorno, cf. Michel FOUCAULT, "La prose d'Actéon", Nouvelle Revue Française, março de 1964, e Maurice BLANCHOT, "Le rire des dieux", Nouvelle Revue Française, julho de 1965.) 73 verdade, a enésima potência não passa por dois, três, quatro; ela se afirma imediatamente para constituir o mais elevado: ela se afirma do próprio caos, e,…