Lefort Claude

o objeto em questão (Partido Político) está ligada a uma prática, podendo adquirir “um alcance universal” e mesmo os “homens vivendo nos tempos novos, ocupados com tarefas específicas, de que o meio social atual parece deter a origem e o sentido” (LEFORT, 1979, p. 183), não deixa de manter a luz do conhecimento e ainda se desenvolve em um problema salutar na experiência intelectual dos novos pesquisadores, superando o velho dilema das atuais análises reducionistas. Não resta dúvida…

manipulação da informação verbal. Claude Lefort (21) apontou com pertinência a falsidade desta coincidência, que colocaria como meta ideal para o historiador a "restituição": o acontecimento encontraria seu modelo na observação exata, observação que se legitimaria na convicção segundo a qual aquilo que foi possuía em si sua própria identidade. Assim, apreendido como alguma coisa dada a saber, o acontecimento pediria apenas para ser identificado. Ora, reafirma Lefort (22), o acontecimento…

Belo Horizonte: Autêntica, 2013. (Coleção História e Historiografia) Verbete publicado originalmente em 1975. LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução de Bernardo Leitão et al. Campinas: Ed. Unicamp, 1990. Publicado originalmente em 1986. LEFORT, Claude. As formas da história: ensaios de antropologia política. Tradução de Luiz Roberto Salinas Fortes e Marilena de Souza Chauí. São Paulo: Brasiliense, 1983. Universidade de Brasília Departamento de História Campus Universitário Darcy…

encontrar a ‘palavra que liberta’», como escreve Lyotard5 . De novo: «talvez [porque] exista uma facilidade demasiadamente ampla em chamar clareira ao efeito do espelho claro do ser sobre o espelho do sendo»6 . O charme do Um (uma expressão de Claude Lefort que aparece numa crítica do tota4 5 6 Id., p.45. Id., p.66. Ibidem. www.lusosofia.net i i i i i i i i 6 José António Domingues litarismo, no texto «Le corps interposé» escrito em…

saber, o fenômeno burocrático. Em termos amplos, concordo com a colocação de Claude Lefort, segundo o qual "a burocracia é um grupo que tende a fazer prevalecer um certo modo de organização, que se desenvotve em condições determinadas,que se amplia devido a um certo estado da economia, e da técnica, mas que somente é o que é em sua essência, em virtude de uma atividade social." I Dois aspectos da conceituação de Lefort merecem um destaque especial. Em primeiro lugar, a questão da…

desse direito. Esta interpretação realizada por Marx, no entanto, começou, a ser repensada, inclusive por parte da esquerda. Entre os maiores teóricos que estão revendo a interpretação marxiana encontram-se Norberto Bobbio (1992) e Claude Lefort (1987). Para Lefort, Marx ao analisar os direitos do homem não conseguiu se livrar da ideologia e, portanto, não conseguiu perceber o que aparece à margem da ideologia dos direitos do homem, isto é, a sua dimensão simbólica. Por fim, esta…

percebe-se que a Constituição é estabelecida cotidianamente através de seus intérpretes e destinatários, não podendo assim a democracia ser compreendida somente em termos de representação política da vontade popular. São sábias as observações de Claude Lefort que menciona que a democracia sempre selvagem é marcada de conflitos e, não se reduz a um sistema de instituições, sendo sua singularidade a formação de sociedade desprovida de certezas definitivas, marcada pela indeterminação, e…

feitos. O mesmo se diga para o autor do livro. O retrato de Maquiavel na história, confundido pelos que o admiram e pelos que o detestam, apresenta muitas variantes; e é muito difícil reconhecer atrás de todas essas variantes a verdadeira face 1 2 LEFORT, C. Le Travail de L‟Ouevre. Paris, Galimard, 1972, p. 24. A última manifestação desse tipo foi criada em torno do livro de J. Heers sobre Maquiavel, Editora Fajard, Paris, 1985, que comentaristas apressados e ansiosos em divulgar e…

2010, p. 25). Na década de 1960 (período de vasta produção), retomando seus estudos sobre política, publica em 1965 “Introduction à une politique de l´homme” (Introdução a uma política do homem). Durante o período de 1963 a 1964 juntamente com Claude Lefort e Cornélius Castoriadis no CRESP (Centro de Pesquisas e de Estudos Sociais e Políticas) busca um pensamento que pudesse dar conta da inversão e da criação do sujeito, que irá culminar na dialógica sapiens-demens e na definição de…

regulamentação de novas profissões e/ou ocupações, em primeiro lugar, e mediante ampliação do escopo dos direitos associados a estas profissões, antes que por expansão dos valores inerentes ao conceito de membro da comunidade” (Santos, 1999:103). 19 Claude Lefort, numa passagem de seu livro A Invenção Democrática, ilustra de modo preciso a dialética do Estado democrático em comparação aos limites do Estado de direito: “[...] o Estado democrático excede os limites…