Identidade E Alteridade Filosofia

visões desencontradas das coisas. O estranhamento é inevitável, aquilo que não pertence ao nosso conjunto simbólico, às nossas certezas culturais nos causa instabilidade e ameaça. Acontece que podemos ter dois caminhos para encarar a diferença: a alteridade, ou seja, a capacidade da aceitação e do respeito cultural, valorizando o universo simbólico do outro, reconhecendo-me no outro para que eu e minha cultura existam harmoniosamente; o etnocentrismo, ao contrário, vê o mundo através de…

tornou-se uma fábula, um discurso de discursos que o constituem, e as coisas mesmas neste mundo. Schroeder (2005) coloca a questão em termos semelhantes: nada pode estar completamente presente a nenhuma outra coisa e até mesmo a auto-identidade é algo impossível. A identidade não pode existir porque tudo está fraturado, lutando sem sucesso para se reter coerência interna. Mas, ao invés duma coerência para as expressões externas de estados mentais, para o mundo perceptível e para as…

Cadernos do LEME, Campina Grande, vol. 3, nº 1, p. 106 – 122. jan./jun. 2011. 107 CONTRA O EUROCENTRISMO – VERÔNICA YURIKA MORI & CLEYDE RODRIGUES AMORIM Neste sentido, a construção de uma identidade coletiva4 deve, no plano escolar, privilegiar e valorizar as diferenças oriundas das identidades individuais, sobretudo dando importância aos saberes, à herança cultural, conforme já preconiza a legislação brasileira (LDB, PCN e orientações curriculares). A observância e aplicação…

O Eu e o Outro - Alteridade Quem sou eu? Essa indagação pode ser o ponto de partida para quem pretende responder à inscrição do a qual teria impulsionado a filosofia socrática (“conhece-te a ti mesmo”). Para qualquer “eu” se conhecer deve partir da indagação sobre sua identidade. A questão pode ser posta da seguinte forma: O que me torna “eu”, diferenciando-me dos “outros”? A primeira resposta a essa indagação pode ser a afirmação de que sou o que sou. Mas para “ser o que sou”, primeiro tenho

através das traduções árabes que o mundo europeu tomou conhecimento dos fundamentos filosóficos gregos, cuja influência bastou para desenvolver o gosto pela filosofia. AL Kindi, foi o primeiro grande filósofo árabe, no século nove, considerando-se neoplatônico. Ibn Sina, mais conhecido como Avicena, introduziu no século dez a indução na filosofia e realizou estudos de psicologia que vieram a influenciar Santo Tomas e Albert Magnus. Ibn Rush, transmitiu no século doze as ideias…

O Eu e o Outro - Alteridade Quem sou eu? Essa indagação pode ser o ponto de partida para quem pretende responder à inscrição do a qual teria impulsionado a filosofia socrática (“conhece-te a ti mesmo”). Para qualquer “eu” se conhecer deve partir da indagação sobre sua identidade. A questão pode ser posta da seguinte forma: O que me torna “eu”, diferenciando-me dos “outros”? A primeira resposta a essa indagação pode ser a afirmação de que sou o que sou. Mas para “ser o que sou”, primeiro tenho

intelectuais sem mecenas, como analisou Ángel Rama (apud: Poblete). Brigou junta à matilha de modernistas, uniu-se ao partido comunista e finalmente voltou para a filosofia, disciplina de seus primeiros estudos no colégio de elite de São Paulo. Dentro dos limites desta disciplina escreve seus principais ensaios sobre antropofagia: A crise da Filosofia Messiânica (1950), Um aspecto antropofágico da cultura brasileira: o homem cordial (março de 1950), A marcha das utopias (edição…

102 I Moysés da Fontoura Pinto Neto e Alexandre Costi Pandolfo CRIMINOLOGIA E NARRATIVIDADE: Fazendo ecoar a alteridade Moysés da Fontoura Pinto Neto* Alexandre Costi Pandolfo** Resumo: O artigo argumenta que as raízes da Criminologia, inspiradas por Cesare Lombroso e Enrico Ferri, estão fixadas na matriz epistemológica positivista, baseada nas idéias de neutralidade, objetividade e experimentação. Essa metodologia – além de ter sido útil à criminologia racista latino-americana e aos

na Justiça, na Economia, na Política e nas demais instituições. Racismo cultural, ou modalidade cultural, que traz elementos do racismo individual e do institucional, manifesta-se nos valores, nas crenças, na religião, na língua, na música, na filosofia, na estética etc. Pierre André Taguieff, citado pela brilhante Marilena Chauí, ao escrever sobre o novo nacionalismo racista distingue três níveis de racismo – primário, secundário e terciário – de dois grandes tipos de racismo…

Direitos Humanos a partir da superação do conflito relativismo versus universalismo PROBLEMA • Quais políticas internacionais seriam mais adequadas no enfrentamento de práticas violadoras de Direitos Humanos universais, em que se pese o respeito à identidade cultural de cada grupo social? Hipótese • Para que se viabilize o enfrentamento de práticas violadoras de Direitos Humanos Universais por políticas internacionais que não desrespeitem a particularidade cultural de cada grupo…