Ética e Psicanálise
Introdução
O orgulho do homem foi justificado. Em virtude de sua razão edificou um mundo material. Conforme foi criando novos e melhores meios para dominar à natureza foi-se enredandonas malhas desses meios e perdeu a visão do único fim que lhes dá significado: o homem mesmo. Transformou-se no escravo da máquina e permanece ignorante quanto aos problemas importantes da natureza humana: o que o homem é, como deve viver e como libertar as tremendas energias que existem dentro dele e as usar produtivamente.
A crescente dúvida sobre a autonomia humana e a razão criou um estado de confusão moral no qual o homem ficou sem o script da revelação nem da razão. O resultado é a aceitação de uma posição relativista que propõe que os julgamentos de valor e as normas éticas são exclusivamente assunto de gosto ou de preferência arbitrária e que neste campo não pode ser feito nenhuma afirmação objetivamente válida.
As exigências do Estado, a liderança, as máquinas e o materialismo converteram-se em seus julgamentos de valor. A função da psicanálise foi desbaratar, demonstrar que os julgamentos de valor e as normas éticas são as expressões racionalizadas de desejo e temores e não podem possuir validade objetiva. A psicanálise incorreu no erro de divorciar à psicologia dos problemas da filosofia e a ética. Ignorou o fato de que a personalidade humana deve ser compreendida em sua totalidade.
As fontes das normas para uma conduta ética e moral têm de encontrar-se na própria natureza do homem, e sua violação origina uma desintegração mental e emocional. O amor por um mesmo e a afirmação de seu verdadeiro eu humano, são os valores supremos da Ética Humanista.
1. Freud e a Ética
Freud faz questionamentos sobre o que fundamenta os valores éticos, como estes se justificam e identifica a moral como a instância central da decisão ética. Para, além disso, mostra que a ação humana não é pautada apenas no controle racional e nas deliberações