Ética no cotidiano
Atualmente a palavra ética tem aparecido com muita frequência, em notícias nos jornais e na mídia eletrônica. Um espécie de “onda” pública surge, principalmente em momentos históricos de crise ou quando do anúncio de atividades ilegais, envolvendo corrupção entre personalidades da vida política da sociedade brasileira. Escândalos financeiros e uso indevido da máquina estatal tem produzido o renascimento da discussão sobre a questão da ética.
É muito comum, atualmente, a confusão entre ética e moral, como se ambas fossem idênticas. De fato, não são. Fala-se com frequência em ética como um conjunto de costumes que possui um grupo específico, como uma classe profissional, Assim, quase todas as profissões possuem o seu código de ética, que se resumem num conjunto de normativas e conceitos morais, que devem direcionar e definir a conduta dos indivíduos que fazem parte daquela classe trabalhista, ou política etc.
Mas, o que é ética? É um conceito universal e atemporal ou pode variar no tempo e no espaço geográfico, bem como assumir significados abrigar valores distintos entre as culturas existentes na sociedade? O que quer dizer o termo ética? Qual a sua origem? Estas questões serão a matriz que impulsionará este breve texto, para que a partir destas questões se possa pensar a ética no cotidiano. Vale lembrar que a filosofia ou a reflexão filosófica não busca, necessariamente, respostas prontas e definitivas, antes, busca investigar profundamente as causas e os “contornos” da realidade da vida vivida em sociedade. Por isso, não espere o esgotamento da questão ou respostas inquestionáveis vindas da filosofia, mas, ideias e reflexões que ajudem a compreender melhor a ética na contemporaneidade.
Inicialmente, a etimologia da palavra “ética” nos remete à Grécia do século VI a.C, quando teve início a substituição do pensamento mitológico pela especulação racional, ou seja, o momento histórico em que surgiu a Filosofia no mundo Grego. Ética deriva