Ética e estética no cotidiano
Maria Emilia Sardelich[1]
Vamos iniciar a nossa reflexão sobre a Ética e a Estética na Organização buscando o significado desses termos. O que é ética? O que é estética? Como se constrói a norma ética? Que modelos podemos seguir? O modelo oferecido pelos políticos corruptos? O modelo dos profissionais comprometidos com a construção de uma sociedade menos injusta? É possível construir um estilo de vida a partir desses modelos? Quem legitima as normas éticas e estéticas? No dia-a-dia, no senso comum, a ética refere-se ao conjunto de regras, preceitos, valores que dirigem nossa vida individual e coletiva. Para a Filosofia, a Ética é a área de estudo dos princípios que motivam, disciplinam, orientam ou distorcem o comportamento humano. Para nós, orientadores do Estágio da UNIMES VIRTUAL, propor uma reflexão sobre nossa formação ética e estética é uma espécie de desafio, no sentido de meditar sobre a conseqüência dos nossos atos no interior da cultura contemporânea. Estamos imersos em uma realidade social sujeita a transformações constantes e permanentemente instável, dado o fluxo contínuo de informação que rapidamente se torna obsoleta. Vivemos em uma ambiência ambígua que tem posto em xeque os princípios que dirigiram o comportamento social durante muito tempo. A liberalização extensiva dos mercados, o consumismo desenfreado, a ambição desmesurada, o desejo de êxito social, a competitividade profissional atropelam o código ético dos diversos grupos sociais. De um modo geral, a publicidade nos representa como rivais consumistas que nos vangloriamos em possuir alguma coisa “a mais” que nenhuma outra pessoa. A violência estampa as manchetes e imagens dos informativos de qualquer país do planeta revelando a instabilidade do comportamento social: desemprego, quebras financeiras, corrupção, migração massiva, perturbações de todas as ordens. Em que espaços nós podemos discutir essa realidade? A escola tem nos