O senhor colonial e o senhor cidadão
“ O senhor colonial metamorfoseia-se em senhor cidadão”
Aproximar essa reflexão pelo menos em um aspecto trabalhado no filme:
“Quanto vale ou é por quilo?”
1799 – Uma mulher alforriada, luta contra os capitães do mato que roubam escravos,” luta pelos seus direitos”.
Joana Maria da Paz é presa por incomodar a paz, por lutar por seus direitos e por sua liberdade.
Por meio de cenas alternadas entre passado e presente, fica claro o quanto o período colonial era autoritário e as formas de punição eram, austeras, abusivas e cruéis.
O filme faz uma analogia entre o antigo trabalho escravo e exploração da miséria na atualidade. E isso infelizmente ainda é muito atual, em ano de eleição, as propagandas políticas usam e abusam da miséria para se promoverem, prometendo melhorias, reformas públicas, projetos de novas polícias públicas que atenda essa e aquela demanda, depois de eleitos, tudo não passou do “conto do vigário”. E nós, o povo somos e continuamos escravos do sistema (sistema de conveniência à alienação), porque não sabemos a força que temos enquanto cidadãos.
A exploração dos escravos, a exploração do trabalho infantil, a violência doméstica, a exploração sexual de crianças que usam seus corpinhos para colocar comida em “casa”.
O assistencialismo, mostrado no filme, fazendo doação de brinquedos, expõe o “alivio” da consciência social (visão recalcada), ainda atualmente muitíssimo utilizado, e visto nas ruas e ONGs.
A luta pela sobrevivência das famílias de baixa renda, o desespero por um emprego fixo (a renda mensal mínima sub-humana obtida com “bicos”).
O Brasil não precisa de caridade e sim de políticas públicas eficientes.
Porém até 1822 o senhor colonial é exclusivo e absoluto, é quem detém o poder sobre tudo e todos.
Diante desse abismo social que se depara com a atualidade, “o senhor colonial metamorfoseia-se em senhor cidadão, a partir do momento em que começam a pensar e a realizar uma “transformação política”, com o