O poder das palavras e sua real repercussão
Qual o real significado de um discurso político e até onde ele alcança? Há um paradoxo presente na questão da linguagem e aparência, uma vez que ela é um elemento constitutivo do contrato e, ao mesmo tempo, um obstáculo, visto que o correto uso da linguagem nos conduz ao pacto, mas seus possíveis abusos nos mantêm na condição de estado da natureza, em que somos potenciais inimigos uns dos outros. Em alguns casos, o discurso, não necessariamente, revela a intenção do locutor. Feitas as considerações iniciais, seguimos lembrando que um discurso é preparado para ser polido e bem aceito pelo público para o qual foi escrito. Devemos ter em mente que a principal ideia dos discursos seria de como falar e escrever de uma forma que o público seja “cativado”, e que a resposta fundamental é a de que se precise aprender a fazer um uso eficaz das figuras e tropos de linguagens e que a melhor forma para alcançar a vitória na guerra das palavras que é ampliar um discurso utilizando corretamente metáforas e figuras de linguagem entre outros artifícios. Assim, acreditamos que primeiramente devemos analisar a questão da retórica, deve-se considerar o público a que se dirige o autor, pois é preciso perceber a diferença entre escrever para o público erudito e para o leigo, para poucos e para multidões. Logo em seguida, o texto caindo nos ouvidos certos, a mensagem contida se converterá em verdade especulativa á utilidade da prática. O discurso traz em sua real essência todo um contexto para enfeitiçar o público alvo, uma sensação de poder é passada, a verossimilhança com uma realidade desejada é latente em cada palavra dita, a ânsia de realização é fomentada, em tese, a multidão se sente com poderes e confiante em tudo que é ouvido, pois aquele discurso alimentou seu ego no mais profundo de seus anseios. Não há como acreditar piamente em tudo que nos é dito, nem todo discurso tem como alvo