o pensamento epistemológico de feyerabend

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Quando falamos sobre nós, os seres humanos, estamos falando de um animal, assim como grande parte dos demais que nos rodeiam. Um animal, que tem como sua mais antiga herança seus instintos. Quando pensamos “não faça isso”, “vá por ali”, “essa é a resposta certa” e etc., estamos usando aquilo que milhões e milhões (ou parafraseando Carl Sagan, “Bilhões e Bilhões”) de anos de aprimoramentos e aprendizados conseguiram impregnar de informações nossas mentes, alguns diriam até mesmo nosso DNA.
Que regras seriam essas, que aprendemos antes mesmo de nascermos, ou até antes sequer de nossos pais, avós e bisavós nascerem? Seriam tais instintos realmente regras? Ou seriam os instintos apenas a mais selvagem e “jurássica” forma de livre arbítrio que podemos encontrar? E porque ela há de sempre, ou pelo menos na maioria das vezes, fazer com que escolhamos justamente aquela pista onde menos carros vão passar? Simples. Não existe uma resposta para isso. Os instintos estão aí para isso e ponto, sem explicações.
Se esse livre arbítrio “genético” é o que faz o ser humano tomar suas decisões, que na grande maioria das vezes estão certas, onde é, então, que devemos colocar todo aquela lista enorme de regras e padronizações que hoje vemos deliberadamente, sobre a alcunha de Ciência? Porque devemos limitar tanto essa máquina perfeita, e as vezes profética, que é a nossa mente, ainda mais quando já temos equipado de fábrica um alarme para coisas boas e ruins?
Dado o exemplo acima citado, que nesse texto nada mais é do que uma figuração do que realmente pretendo expor, Paul Feyerabend (1924-1994), em seu texto de 1975 e devidamente intitulado Against Method (em tradução livre Contra o Método) defendia que a ciência, justamente por ser um campo onde a mente é o foco, não deveria estar limitada por tantas regras, por tantos padrões. Para ele, exigir uma formalidade tão grande da ciência, era ignorar que a descoberta, um dos objetivos da mesma, poderia ser algo espontâneo.
Feyerabend

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