Resumo sobre feyerabent e o anarquismo
961 palavras
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Universidade Estadual da BahiaCurso: Ciencias Sociais
Disciplina: Epistemologia das Ciências Sociais
Discente: Araujo
Introdução
O debate epistemológico no século XX foi bastante fértil, trazendo entre outros problemas, investigações sobre a natureza da ciência, porém esta questão é antiga. Não iremos refazer este percurso, pois a obra é extensa, fugiríamos assim do nosso interesse central, mas, para termos uma melhor ideia se retornarmos as origens do pensamento filosófico analisando a transformação ocorrida no início das relações entre a palavra (logos) e o real (physis), perceberemos que a primeira é o veículo da verdade da segunda, surgindo assim a filosofia e esta questão da verdade.
Com o tempo é tomada a decisão da separação definitiva entre logos e physis, passando a se recontar a história do pensamento no Ocidente como uma tentativa de tornar o primeiro decisivo e relacionado á segunda. A partir daí, na tradição clássica, o trabalho da ciência passou a ser realizado como confronto de uma teoria com vários “fatos” reais, para refutar a formulação teórica como verdadeira. Para isso construiu-se um método indutivo que ganhou um formato definitivo com as ideias de Bacon, contemplando assim várias matizes.
O primeiro grande golpe sofrido pela concepção empirista de ciência do século XX foi por Karl Popper nos anos 30 que estabeleceu uma crítica ao positivismo lógico, na qual o cientista teria que fundamentar na lógica clássica do principio de identidade, uma ciência empírica formal da natureza, produzindo-se assim uma linguagem lógica, rigorosa, objetiva e precisa sobre o real. Recolocando a questão das relações entre as descrições científicas e o próprio real. Ele ainda se situa em uma esfera realista tendo em vista que suas concepções pressupõem a existência de “coisas” fora do “sujeito cognoscente” capaz de corroborar ou validar as teorias científicas.
Popper se considera um kantiano, pressupondo um real exterior, acessível e objetivo,