O papel das igrejas na pacificação do mundo
Na sua história o homem sempre se inquietou sobre questões tais como, a sua origem e sobretudo, acerca do seu destino; na busca incessante de respostas satisfatórias para tais questões, ele dá-se conta da existência de um Ser, de uma força, ou de um poder que é superior a ele e do qual depende a sua vida e da do universo.
O reconhecimento da existência divina e a dependência humana cria no homem uma atitude de submissão, que não se deve confundir com escravatura ou um elemento que o leva utopias terrenas, como pretendia Karl Marx quando afirmou que a “religião é ópio do povo”. Mas um reconhecimento que o coloca no lugar de um homem, que apesar de livre, depende da mão de um outro Ser.
Nos dias que correm, a religião tem sigo relegada a um segundo plano, quer por causas socioeconómicas, como o materialismo e a globalização, ou mesmo por causas políticas. Hoje ela é vista como o refúgio dos pobres, canto dos desesperados, consolo dos mal-amados, ocupação da 3ª idade, solução para os problemas dos imediatos e fonte de rendas dos espertos.
Assim, torna-se complicado nos nossos dias falar de Deus aos homens, pois a ideia de igreja já está muito deteriorada e deturpada.
Assistimos assim, situações dramáticas na nossa sociedade: homem sem rumo e direcção certa, pois a vida é tida como fruto do acaso; menosprezo dos valores morais e cívicos em detrimento satisfação imediata das vontades e desejos; luta desenfreada de
“possuir e possuir”, pois a vida é uma e única, aqui e agora “hic et nunc”, a vida terrena; inclinação ao maquiavelismo, pois cria-se a concepção do homem como um meio de alcançar os intentos pessoais; entre tantos fenómenos e suas dolorosas consequências para a vida do homem.
As igrejas sempre jogaram um papel importante na formação do homem integral, pois como afirmava Homero: “Todos os homens têm fome de Deus”. E por essa razão, um homem que tem uma mente cheia de conhecimentos