O olhar como imperativo ético
Ética da Alteridade: utopias e tentativas
Trabalho apresentado à Faculdade de Educação, Especialização em Gestão da Educação (5ª edição), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, como requisito parcial de avaliação.
Professor: Pedro Savi.
Porto Alegre
2012
ÉTICA... ALTERIDADE... O OLHAR...
Inicio este texto com as palavras de um poeta uruguaio chamado Eduardo Galeano que diz assim: "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar". Para as aulas de ética do Curso de Especialização em Gestão da Educação na Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul, correspondente 5ª edição, destaco de forma especial a exposição e as discussões sobre o tema “alteridade”, pois percebo a ética, em qualquer instância da vida humana por esse ângulo, principalmente com algumas ideias extraídas de forma hermenêutica, pois constitui uma complexa leitura, do pensador Emmanuel Lévinas. Mas, porque a frase inicial? Pensar uma ética a partir da alteridade constitui um grande desafio, e a maioria das vezes me parece como uma utopia, mas sem a qual não damos passos firmes e com o desejo de promover a vida, levando em consideração o outro.
Imaginemos o primeiro diz que nós integramos o Curso... Pessoas com experiências diferentes, novos rostos, múltiplos olhares... Todos em busca do conhecimento, de partilhar vivências. Uma forma salutar foi a escuta e o envolvimento com os outros e as discussões, na tentativa de reciprocidade. Se nós imaginarmos a relação entre sujeito e objeto, esta acontece como uma vida de mão única, explico, estaria o sujeito buscando “saciar” a si próprio, ou poderíamos dizer que seria como “reorno a si mesmo, num mundo unívoco e presente”. O sujeito dos objetos tem posse, algo que pode ser um tanto