o NATIVO RELATIVO
Faz dois meses (+-) que me foi apresentado o trabalho de Eduardo Viveiros de Castro pelo professor/antropólogo Edgar Neto (que estimo muito). Viveiros é antropólogo, brasileiro e professor do Museu Nacional da UFRJ. Sua contribuição científica pode ser melhor apreciada em experiências como Rede Abaeté e projeto Amazone - A Onça e a Diferença, onde percebemos a atualizada vitalidade ( Antropologia Simétrica ) do conflito entre “ciência” e o dito “pensamento selvagem” na antropologia. Percepção essa, tão bem lançada por Claude Lévi-Strauss, antropólogo do século XX caminho esse sem dúvida alguma já trilhado por Viveiros . Viveiros fala da equivalência de direitos, entre o antropólogo e o nativo, sobre o segundo, o primeiro não deve lançar um olhar contaminado pela sua própria cultura: - “Respeitar não é tolerar. Quem gostaria de ser tolerado? Respeitar é relacionar. Em Antropologia, todas as relações são possíveis. Só uma é impossível: a ausência de relação”.
Após um tempo de navegação nos links acima, separei para ler o artigo de Viveiros - “O Nativo Relativo”, de certa maneira longo, e igualmente complexo (pra mim) o mesmo divide-se em partes: As regras do jogo; No limite; Da concepção ao conceito; Não explicar, nem interpretar: multiplicar, e experimentar; De porcos e corpos;
Pretendo aqui no RELatividade, humildemente colocar de forma sucinta, minha leitura sobre o artigo. Seus elementos, citações e idéias principais, parte a parte, a fim de propor-me uma leitura mais aprofundada e ao mesmo tempo compartilhada com todas(os) 5 amigas(os) que por esse “não lugar” passam.
Um abraço,
Lucio Uberdan
Livros em português:
Viveiros de Castro, E. . Arawete: Os Deuses Canibais. RIO DE JANEIRO: JORGE ZAHAR/ANPOCS, 1986;
Viveiros de Castro, E. . Arawete: O Povo do Ipixuna. SÃO PAULO: CEDI, 1992;
Viveiros de Castro, E. (Org.) ; CASTRO, E. B. V. (Org.) ; CUNHA, M. C. (Org.) . Amazônia: Etnologia e História Indígena.