Pastéis de Belém
Fátima Alcobia
Nº 15393
1ºAno MCE
Nos inícios do século XIX, na história de Portugal, e por causa dos tempos convulsos vividos pelos habitantes da época, com ingleses e franceses no meio, e desejando ainda a volta do Rei D. João VI, do Brasil desencadeouse a Revolução Liberal Portuguesa no Porto, passando assim Portugal a ser uma Monarquia Liberal.
Em consequência desta revolução, em 1834, foi decretada a extinção das ordens religiosas em Portugal, fecharam-se todos os conventos, e entre eles o Mosteiro dos Jerónimos,situado em Belém, sendo dele, expulso o clero e os trabalhadores
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A REVOLUÇÃO ‘LIBERALIZOU’ O PASTEL DE BELÉM
A história dos pastéis de Belém, a partir da Revolução Liberal, passou a ser escrita, para além das paredes antigas dos mosteiros
Os Pastéis de Belém são de origem conventual, como a maior parte do melhor da doçaria portuguesa. A matéria prima para a doçaria conventual, era fornecida pelo armazém retalhista de Sebastião
Alfredo da Silva, na Rua de Belém, a dois passos do mosteiro e onde o frade pasteleiro ia abastecer-se. Este pode um dia ter confidenciado (ou vendido) a receita ao armazenista, que se associou ao confeiteiro
Domingos Rafael Alves e, em 1837, fundaram a Sociedade Portuguesa de Confeitaria com o propósito de comercializar o afamado pastel .
Na época, a zona de Belém era distante da cidade de Lisboa e o percurso era assegurado por barcos de vapor. No entanto, a imponência do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, atraíam os visitantes que depressa se habituaram a saborear os deliciosos pastéis originários do Mosteiro. Em 1837, inicia-se o fabrico dos "Pastéis de
Belém", em instalações anexas à refinação, segundo a antiga "receita secreta", oriunda do convento
A fama dos pastéis cedo se espalhou por Lisboa
O armazém de Alfredo da Silva sofreu obras para se converter na Fábrica dos Pastéis de Belém, com cinco salas decoradas com