O julgamento do massacre do Carandiru.
Depois de 21 anos desde o massacre do Carandiru e 12 meses de julgamento, policiais militares foram condenados pelas mortes de 111 presos, em 2 de outubro de 1992, data que marcou o pior episódio na história do sistema penitenciário brasileiro.Dividido em quatro etapas por ter um grande número de réus e vítimas, o júri foi iniciado em abril de 2013 e terminou, no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste da capital paulista). Cada fase do julgamento teve um grupo diferente de jurados e correspondeu a um dos quatro andares do pavilhão 9 da Casa de Detenção, onde 111 presos foram mortos quando a PM entrou no presídio para conter uma rebelião, em 1992.
Os jurados aceitaram a proposta da promotoria e condenaram os PMs em todas as quatro etapas do julgamento.Na primeira delas, em abril de 2013, 23 policiais militares foram condenados a 156 anos de prisão pelas mortes de 13 presos no primeiro andar (segundo pavimento) do pavilhão 9.
No dia 19 de março deste ano, a Justiça condenou dez policiais militares pela morte de oito detentos no 5º pavimento (4º andar) do Pavilhão 9 da antiga casa de detenção. Nove deles foram sentenciados a 96 anos de reclusão, cada um, e um décimo réu recebeu pena de 104 anos de prisão.
Em dezembro do ano passado (2013), outro comandante da ação policial na Casa de Detenção de São Paulo, o coronel da reserva Luiz Nakaharada, morreu ao sofrer um ataque cardíaco. Ele era apontado como responsável por cinco das 78 mortes que aconteceram no segundo andar do complexo do Carandiru e teria um julgamento individual após as quatro primeiras fases do júri.
Em 2001, o coronel Ubiratan Guimarães, que comandou a Tropa de Choque durante o episódio, foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 detentos. Mas em 2006, a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Guimarães morreu assassinado meses depois, naquele mesmo ano.
Com a decisão termina, após praticamente um ano, o julgamento de