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Desfecho acontece 20 anos após 111 presos da Casa de Detenção de SP morrerem, mas 53 réus ainda aguardam julgamentos
Marina Novaes
Direto de São Paulo.Vagner Magalhães
Direto de São Paulo.
A Justiça de São Paulo condenou, na madrugada deste domingo (21), 23 policiais militares acusados de participar do massacre do Carandiru, como ficou conhecido o episódio em que 111 presos da Casa de Detenção do Estado foram mortos no Pavilhão 9, em 2 de outubro de 1992, após uma briga entre etentos de facções rivais motivar a entrada da Polícia Militar (PM). Os réus - todos integrantes do 1º Batalhão de Choque (a Rota) -, responderam por 13 das 15 mortes ocorridas no 1º andar do prédio. Eles foram condenados à pena mínima para cada homicídio, que é de 6 anos, somada à pena de mais 6 anos por impossibilitarem a defesa das vítimas. Os 12 anos multiplicados pelo número de vítimas resultou em uma pena de156 anos de reclusão em regime fechado. Porém, vão poder recorrer da sentença em liberdade.
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Foram condenados os réus: Ronaldo Ribeiro dos Santos (comandante do pelotão da Rota); Aércio Dornellas Santos (que também atuava como comandante do grupo); Wlandekis Antônio Cândido Silva; Joel Cantílio Dias; Antonio Luiz Aparecido Marangoni; Pedro Paulo de Oliveira Marques; Gervásio Pereira dos Santos Filho; Marcos Antônio de Medeiros; Haroldo Wilson de Mello; Paulo Estevão de Melo; Roberto Yoshio Yoshicado; Salvador Sarnelli; Fernando Trindade; Antônio Mauro Scarpa; Argemiro Cândido; Elder Taraboni; Sidnei Serafim dos