O guru, o iniciador e outras variações antropológicas

O GURU, O INICIADOR E OUTRAS VARIAÇÕES ANTROPOLÓGICAS
FREDRIK BARTH

A análise da cultura nas sociedades complexas
Neste capítulo Barth aborda a complexidade que uma sociedade tem. Ele estuda o norte de Bali, e expõe a variedade de culturas dentro de uma sociedade, e uma nova forma de conceituar o termo cultura. Ele também expõe que certas regras antropológicas dentro de uma sociedade complexa com a integração de diversas culturas não são cabíveis.
Ele divide em 16 tópicos, onde em cada um explica sobre as diferentes formas de ver o termo cultura, a complexidade de Bali e as diversas culturas dentro de uma mesma sociedade, a estrutura social, política, religiosa e cultural de Bali.
Ele faz uma análise aprofundada do Norte de Bali e também compara com o Sul e com afirmações de Geertz, onde Barth discorda da visão dele para a forma como a população Balinesa trata os estrangeiros, pois Geertz fez uma interpretação somente a partir do ponto de vista externo.
De início Barth fala sobre a expressão “sociedades complexas” onde este afirma que “pode parecer um pouco antiquada, uma expressão que deixa de lado questões importante e retoma posições insustentáveis” assim como o termo “cultura e sociedade”. Ele também fala que o uso que se faz do termo cultura “torna-se ainda mais equivocado por incorrer na profunda imprecisão de referir-se simultaneamente a padrões observáveis e às bases ideais desses padrões, abrindo as portas para a recorrente falácia de construir de maneira equívoca a descrição como explicação.” O autor propõe, a partir dos estudos de campo feitos sobre a cultura balinesa, uma nova forma de estudar as culturas que contém uma sociedade complexa, com diversificadas culturas que se relacionam e se dispersam.
Segundo o autor, antes de iniciar sua análise sobre Bali, ele diz: “A teoria e os conceitos antropológicos devem ser testados na análise da vida tal como ela ocorre em um determinado lugar do mundo. Qualquer lugar pode servir como provocação para