O garoto e a garça
Em um certo dia, um jovem garoto observava pássaros em um parque de uma grande metrópole.
Enquanto fazia anotações entre uma espécie e outra avistada, ouviu uma voz suave soar em sua direção:
- Ei garoto, ei você!
Quando o jovem se virou, viu-se de frente com uma bela garça branca. Encantado com aquela imponente ave falante, logo respondeu:
- Você falou comigo?
- Sim é claro, respondeu a garça. Há mais alguém por perto por acaso?
- Não somente a senhora.
- Você é um ser humano diferente... não atira pedras em nós, nunca nos aprisionou em gaiolas e está sempre por aqui nos admirando.
Por isso, em nome de todas as aves, venho agradecer a você e a todos os humanos iguais a você. E que pena que são tão poucos...
- Ganhei o dia, disse o garoto com um grande sorriso na face. venho aqui ver os meus queridos pássaros e ainda arrumo uma amiga garça que fala!
Terminado aquele mágico e inusitado encontro, o jovem se vira de costas e parte em direção a saída do parque. antes de atravessar o portão, ele dá uma meia volta e acena para a sua mais nova amiga dizendo:
- Tchau dona garça, obrigado, eu sou somente um observador de pássaros!
E a garça em um tom irônico prontamente lhe responde:
- E eu pequeno jovem, sou somente uma observadora de homens!
Tragédia brasileira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria,