O ensino da língua estrangeira nas escolas do Brasil
Atravéz de um levantamento histórico podemos observar que já no período do descobrimento de Brasil, tem-se a presença do ensino do LE no país. Os jesuítas impuseram aos índios que aprendessem a língua portuguesa para facilitar a comunicação e a catequese. Com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro e a proibição do ensino do tupi, em 1759, a língua portuguesa tornou-se oficial no Brasil. Em 1808, com a chegada da família Real ao país, houve uma preocupação com o ensino das línguas modernas, como Inglês, Francês, Alemão e Italiano. Assim, em 1837, teve início no Brasil o ensino oficial de línguas estrangeiras, com a criação do Colégio Pedro II.
As línguas modernas ocuparam então, e pela primeira vez, uma posição análoga à dos idiomas clássicos, se bem que ainda fosse muito clara a preferência que se votava ao latim. Entre aquelas figuravam o francês, o inglês e o alemão de estudo obrigatório, assim como o italiano, facultativo; e entre os últimos apareciam o latim e o grego, ambos obrigatórios (CHAGAS, 1967, p. 105 apud PAIVA, 2003, p. 53).
A partir de 1915, já no período republicano, o grego foi retirado e após a Revolução de 1930, com a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública, foram destinadas 17 horas semanais ao ensino de francês e inglês, da primeira à quarta série (PAIVA, 2003). Outra mudança ocorrida no período republicano foi a implantação do caráter opcional das línguas inglesa e alemã nos currículos. No governo de Getúlio Vargas, o ensino de LE foi mantido na escola pública, com a Reforma Capanema.
A reforma Capanema, de 1942, teve o grande mérito de equiparar todas as modalidades de ensino médio - secundário, normal, militar, comercial, industrial e agrícola - de um lado democratizando o ensino, ao dar a todos os cursos o mesmo status, embora, de outro lado, tenha sido acusada por alguns de ser uma reforma fascista e de promover o classicismo aristocrático e acadêmico dos