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O TRABALHO ESCRAVO E A POESIA LIBERTÁRIA DO SÉCULO XIX(*) ANELISE HAASE DE MIRANDA(**)
No dia 13 de maio do ano em curso realizou-se na praça Batista Campos, em Belém do Pará, o “Ato Públicoem Defesa da Dignidade do Trabalho e em Repúdio a Todas as Formas de Trabalho Degradantes”, dentre as quais o trabalho escravo, promovido pelo Foro Trabalhista, do qual participam: a Associação dosMagistrados Trabalhistas da Oitava Região (Amatra VIII), a Ordem dos Advogados do Pará (OAB-PA), a Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado do Pará (ATEP), a Associação Brasileira dos AdvogadosTrabalhistas (ABRAT) e a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT VIII).
Trata-se do segundo ano consecutivo em que o evento ocorre na data comemorativa da libertação dos escravos –13 de maio, quando há mais de cem anos, foi assinada a Lei Áurea. O local que sediou o Ato – em praça pública, juntamente com o significado histórico, político e social do dia 13 de maio, fizeram-nosrelembrar um personagem da literatura brasileira que contribuiu, enormemente, para o despertar do movimento abolicionista do século XIX, tendo sido o precursor em denunciar o regime escravocratacolonial.
Nos referimos ao principal representante da terceira geração do romantismo, um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos - Castro Alves. Ele cantou os muitos amores vividos, mas não selimitou a escrever apenas sobre experiências pessoais, voltando-se, ainda, para as mazelas do mundo exterior. Dedicou vários anos de seu curto tempo de vida a historiar e a declamar as tragédias,dores e tristezas do povo oprimido - os escravos.
Nos versos do poeta baiano foram revelados, com emoção, força e sonoridade singular, o suplício enfrentado pelos africanos escravizados, desde o navionegreiro, no qual partiam rumo ao nosso país, em um “porão negro, fundo, infecto, apertado e imundo”, como descreveu em um de seus poemas mais famosos, até os horrores aos quais eram