o ensino da geometria para alunos surdos
Danilo Nenen de Mello1
Jéssica Karolinne2
Ana Beatriz...3
RESUMO
O presente trabalho aponta sugestões de práticas que buscam promover o desenvolvimento escolar de alunos surdos, inseridos em salas regulares. O trabalho foi desenvolvido pelos bolsistas do PIBID/Matemática/UEPG, com um aluno do Colégio Estadual Professor Eugênio Malanski. Observou-se que as metodologias ainda não se adaptam com clareza às necessidades especiais que estes alunos apresentam. Falta ainda material e investimento em formação continuada para que estas práticas sejam consideradas satisfatórias. Acima de tudo este trabalho propõe uma reflexão sobre a efetividade das políticas inclusivas.
PALAVRAS-CHAVE: Geometria. Surdez. Inclusão.
Introdução
O presente estudo analisa a trajetória, importância e preconceitos arraigados em nossa cultura educacional no que diz respeito ao trabalho pedagógico com alunos surdos. Pauta-se na necessidade de se desenvolver metodologias diferenciadas que pensem o discente e planejem atividades didáticas de acordo com suas reais possibilidades, objetivando o total desenvolvimento deste indivíduo enquanto ser humano e cidadão crítico, participativo e consciente de si enquanto transformador da realidade. Assim sendo, busca compreender as práticas metodológicas aplicadas hoje no trabalho com estes alunos, seus êxitos e desventuras, para que se possa pensar em maneiras de adaptá-las a propostas verdadeiramente inclusivas.
Ao pensarmos no histórico da surdez vemos que durante muito tempo houve uma preocupação em adequar o indivíduo surdo à sociedade falante, desrespeitando sua identidade para que houvesse uma suposta “normalização” deste sujeito. Muitas dessas práticas impunham-se à criança de forma arbitrária, forçando-a a atividades de fonação contrárias à sua natureza única e cultural. Sua própria linguagem fora, muitas vezes, banida das escolas e dos centros educativos, vista como um impedimento ao seu