Inclusão de alunos na rede pública de ensino: a relação do professor de matemática com o aluno surdo

1 INTRODUÇÃO

Ainda hoje no século XXI, após profundas transformações sociais, uma pessoa diferente/deficiente, fora dos padrões estabelecidos como normais no âmbito social e cultural, podem ser consideradas incapazes. Em virtude disso há um grande esforço para alterar ou modificar este quadro vivido por muitas escolas.
A educação inclusiva, tendência mundial, surgiu do movimento cultural vivido na sociedade contemporânea contrário à discriminação das minorias. Desse modo, as ações não discriminadoras vêm sendo, desde então, a mola propulsora que orienta Educação Especial no País. Os princípios da individualização, a normalização e a integração fundamentam essa modalidade de ensino. Tais princípios encontram respaldo filosófico, legal e político educacional nos seguintes documentos: Constituição da República Federativa do Brasil (1988); Declaração de Salamanca, resultante da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, ocorrida na Espanha em junho de 1994; Lei de Diretrizes e Bases da Educação e da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
No Brasil questões sobre a inclusão surgiram nas décadas de 60 e 70, porém apenas na década de 80, quando a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) foi criada, foram realizadas ações e programas e potencializou-se recursos para ampliar os resultados.
Ao analisarmos o tema inclusão, em tese acreditamos estar lidando primeiramente com o intuito de descobrir, analisar e buscar compreender o problema que se encontra em muitas salas de aula.
Entretanto, necessário se faz que se voltem os olhos para o real objetivo da inclusão, interagir o aluno incluso como parte do novo ambiente, fugindo aos padrões atuais que frequentemente acabam discriminando mais do que mudando conceitos.
Este tema é totalmente relevante para nós enquanto professores, e também para