O efeito-Foucault na historiografia brasileira
O efeito-Foucault na historiografia brasileira
• Rago procura trabalhar como a problematização conceitual do filosofo Foucault sobre a História modificou os conceitos pré-existentes sobre a mesma, que até então se preocupavam apenas com a analise dos fatos e não com os discursos que construíram o fato como tal.
• Os historiadores da década de 60-70 preocupavam-se em reorganizar o passado em uma temporalidade linear, na tentativa de se entender melhor o presente.
• Enquanto no século XVIII todos estão preocupados com as consequencias da Revolução Francesa, Foucault recupera do passado aquilo que ninguém havia pensado como possível antes, centrando seu foco nas margens.
• Segundo Rago, Foucault via no nascimento das prisões não o progresso da nossa humanização, mas sim o progresso de nossos meios de dominação e violência.
• Segundo Foucault, “a História dos historiadores” pecava por tentar procurar compreender o passado em sua ordem sequencial, analisando-o como um reencontro, sendo que para ele o saber não significa reencontros e sim os cortes, que eram as descontinuidades históricas.
• Os conceitos que Foucault propôs para a História provocaram reações adversas nos historiadores da época, a segurança que os mesmo possuíam e que já era frágil foi abalada fazendo com que uns se apegassem a “realidade objetiva”, outros a História Social, e outros timidamente procurassem saber de onde vinham e para onde iam as idéias de Foucault.
• Rago afirma que embora Foucault não se pretendesse historiador, ele revolucionou o campo historiográfico tornado-se um divisor de águas, pelo fato de ter focado nas minorias e por ter dado atenção a campos que antes eram ofuscados.
• Sua forma de pensar a História era inovadora no quesito teórico metodológico e junto com a noção de poder positivo permeou a esfera historiográfica.