Margareth rago
Roberto Manoel Andreoni Adolfo, Hélio Rebello Cardoso Junior – Campus de Assis –
Faculdade de Ciências e Letras – História – roberto_manoel@hotmail.com – PIBIC/CNPq. Palavras-chave: Teoria da História; Michel Foucault; Historiografia brasileira. Keywords: Theory of History; Michel Foucault; Brazilian historiography.
RESUMO 1. INTRODUÇÃO Desde o final dos anos 60, a Nouvelle Histoire passou por um processo de revitalização de uma temática que fora aberta por Lucien Febvre e March Bloch, a das mentalidades e das sensibilidades. Este redirecionamento de foco por parte desta corrente historiográfica passava a valorizar, de forma mais sistemática, os aspectos culturais em detrimento dos econômicos. Neste segmento destacou-se o filósofo-historiador Michel Foucault. Segundo Paul Veyne, este pensador revolucionou a história (Veyne, 1982). Pois Foucault, que afirma tudo ser histórico e que nada deve escapar do olhar do historiador, deslocou a atenção para as minorias, e inclinou um novo olhar sobre campos históricos até então ofuscados. Seu modo de pensar a história, com suas inovações teóricas e metodológicas, produziu repercussões na esfera historiográfica. Junto com outras idéias deste filósofo-historiador, a de noção do poder como algo positivo, diluído, em detrimento da idéia de um poder repressivo, palpável, e negativo, causou ressonâncias – através dos textos selecionados por Roberto Machado sobre o poder, para seu trabalho histórico – na historiografia brasileira. (RAGO, 1993). 2. OBJETIVOS O presente trabalho visa um aprofundamento sobre como as idéias de Michel Foucault, acerca dos aspectos teóricos referentes à disciplina História, influenciaram os historiadores brasileiros. Como delimitação do tema, foram escolhidos, para serem analisados, dois historiadores brasileiros que tiveram nitidamente