IDENTIDADE, ALTERIDADE E RELIGIÃO NA HISTORIOGRAFIA COLONIAL

BELLOTTI, K. K.. Identidade, alteridade e religião na historiografia colonial. In: Artigo. Revista de História e Estudos Culturais. Campinas: UNICAMP, 2005.

IDENTIDADE, ALTERIDADE E RELIGIÃO NA
HISTORIOGRAFIA COLONIAL

• A autora analisa três momentos da historiografia sobre America portuguesa a partir de três momentos da historiografia brasileira que são relatados nos trabalhos de Anita Novinsky (1972), Laura de Mello e Souza (1993) e Mariza de Carvalho Soares (1997).
• Todos os três trabalhos se aproximam da História Cultural, que vem se destacando desde a década de 1990, mas que já era reconhecida na década de 1970 pelos nomes de História das Mentalidades, Nova História cultura
• No trabalho de Anita Novinsky, Cristãos novos na Bahia, Bellotti procura dar destaque a questão do viés psicológico no cristão novo, abordando a tensão existente entre o individual e o coletivo, e a questão da tolerância religiosa ou a falta dela e como se davam as relações sociais a partir das questões religiosas.
• Em Inferno Atlântico, de Mello e Souza, Bellotti procura dar destaque a importância das representações e das idéias na construção da América Portuguesa pelos europeus e como se deram as influencias tanto dos portugueses na colônia, como da colônia nos portugueses.
• Em devotos de cor, o destaque se dá na analise de um documento, mostrando como foi construída a identidade étnica e religiosa dos Makis, grupo africano.
• Bellotti mostra que Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda foram pioneiros a falar sobre temas ligados a religião mostrando como a mesma trata mais dos anseios dos cristãos que dos deuses propriamente.
• Enquanto Freyre aborda a religiosidade atrelada fortemente ao catolicismo ibérico, Holanda mostra mais o modo lusitano e espanhol de colonização e as heranças de religiosidade e suas modificações históricas.
• Bellotti afirma que para que seja possível trazer religião para o cerne da pesquisa se faz necessário encontrar nela seu sentido