Identidade, Alteridade e Religião na Historiografia Colonial
Identidade, Alteridade e Religião na Historiografia Colonial
• Bellotti procura refletir sobre a historiografia da America portuguesa no que concerne á religião, identidade e alteridade, tendo como base textos de Anita Novinsky (Cristãos Novos na Bahia, 1972), Laura de Mello e Souza (O Inferno Atlântico, 1993) e Marisa Soares (Devotos da Cor, 2000), onde as abordagens destes trabalhos se aproximam da História Cultural.
• Na História Cultural os teóricos que trabalharam ou citaram temas como religião/religiosidade, perceberam que as religiões respondem mais aos anseios dos fieis que aos deuses e Bloch demonstra isso em Os reis taumaturgos, mostrando que religião e política não se separavam.
• Ter religião como objeto é estudá-la em seu contexto histórico, entendendo-a a partir dos conflitos sócio-culturais na qual ela está envolvida (Reforma, Cruzadas, Era das luzes), como também a partir das disputas eclesiásticas/populares, sobre as práticas e as crenças.
• O trabalho de Novinsky que demorou dez anos para ficar pronto, tem influencia da História Social, superando as limitações da mesma e aproximando-se da História Cultural.
• Inovador para a época, pois no contexto em que foi produzido, religião não era um tema muito escolhido para pesquisa, pois o que estava na moda era história política e econômica, devido a ditadura militar.
• O referencial teórico é extremamente rico, Novinsky refez a trajetória dos cristãos novos que imigraram de Portugal para a Bahia, pesquisando em varias fontes: Literatura Rabínica, processos Inquisitoriais portugueses e espanhóis, entre muitas outras, das quais possibilitou que ela estabelecesse uma relação entre judeus e cristãos novos.
• Seguiu cinco etapas para a construção de seu raciocínio: analise da condição histórica que trouxe os cristãos novos