O conceito de gramática internalizada em âmbito escolar: qual é a sua utilidade?
O conceito de gramática internalizada em âmbito escolar: qual é a sua utilidade?
Na sociedade em que vivemos a linguagem está presente nas atividades individuais, coletivas, verbais e não verbais, ela vai além do comunicar, está diretamente ligada ao pensamento humano; desta forma, acompanha as transformações históricas, culturais e sociais. Aprendemos a língua em casa, com a família e com pessoas que nos cercam e observamos que há falares diferentes devido ao grau de escolaridade, à faixa etária, à classe social e à regionalização; portanto há diversas variantes linguísticas as quais devem ser consideradas como representantes de parte de uma língua e serem respeitadas, pois apresentam naturalmente sua gramática própria. Por tais razões, linguistas, pesquisadores e professores discutem sobre o papel da gramática na escola e na vida social do aluno; com isso novas teorias acerca do assunto surgem objetivando mudanças concretas e eficientes no ensino de Língua Portuguesa. Ensinar a gramática normativa não é a questão, mas sim o modo como se ensina é que é o problema atualmente, ou seja, se ela é abordada somente como um conjunto de regras a serem seguidas e memorizadas pelos alunos, baseando-se no ‘certo’ ou no ‘errado’ desconsiderando toda a forma de manifestação linguística que o aluno traz consigo. Esta crença ainda persiste entre muitos professores bem como está presente em muitas Gramáticas tanto à tradicional quanto à normativa: a de que saber as regras gramaticais é sinônimo de falar e escrever bem. No que se refere ao ensino da gramática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) alertam que:
(...) não se justifica tratar o ensino gramatical desarticulado das práticas de linguagem. É o caso, por exemplo, da gramática, ensinada de forma descontextualizada, tornou-se emblemática de um conteúdo estritamente escolar, do tipo que só serve para ir bem na prova e passar de ano – uma prática pedagógica que vai da