Letras
Paulo Marçal MESCKA
Claudia Brígida Balen KUNZE
RESUMO
Em este artigo objetiva-se apresentar uma nova concepção acerca do ensino de gramática. Há muito tempo o ensino de gramática resume-se à prática de exercícios estanques que abordam apenas regras e conceitos. Esta afirmação pode ser confirmada quando se observa o caráter primordialmente prescritivo que continua presente nas aulas de Língua Portuguesa. A maioria dos professores não utiliza uma metodologia adequada, pois tem internalizado que a gramática é uma lei imutável, não considerando as demais acepções sobre o termo. Não obstante, esta forma de ensino contribui para o crescimento das desigualdades sociais, pois a maioria das pessoas, mesmo depois de vários anos frequentando a escola, não emprega corretamente as normas gramaticais em seu dia a dia, o que lhes acarreta dificuldades comunicativas e sociais. Para muitos linguistas, esta prática precisa mudar, uma vez que as aulas de língua materna devem proporcionar deleite aos alunos, pois tudo o que nos rodeia está relacionado ao uso efetivo da linguagem em situações reais. Nesse sentido, através da análise de várias concepções gramaticais, busca-se congregar ideias sobre uma proposta de ensino defendida por vários linguistas, cuja metodologia apresenta-se de acordo com os interesses dos educandos, possibilitando um melhor entendimento acerca do assunto. Palavras-chave: Gramática... Ensino...Dificuldades...
CONSIDERAÇÕES INICIAIS Os seres humanos distinguem-se dos outros animais por fazerem uso da linguagem. Numa visão mais ampla, pode-se inferir que a linguagem, embora concebida de maneira fascicular, ou seja, entendida sob vários aspectos, não deixa de ser um conjunto dessas mesmas acepções. Assim, denominando-a como expressão do pensamento, instrumento de comunicação ou processo de interação, seu objetivo é contribuir para estabelecer elos comunicativos entre interlocutores.