Leitura e gramática normativa: caminho para o desenvolvimento da competência comunicativa
SILVA, Ítala Marta Nunes da;
ALMEIDA, Aline Barbosa de¹
UNEAL – Universidade Estadual de Alagoas
RESUMO
A preocupação dos grandes estudiosos da literatura em preservar a língua grega foi que deu origem por volta do século II a.C. a gramática nos moldes que a conhecemos. Para alcançar seus objetivos estes estudiosos (filólogos), resolveram descrever as regras gramaticais utilizadas pelos grandes escritores da época, as quais serviriam de modelo aos futuros autores, porém o que surgiu para uso estritamente literário passou a ser utilizado como um código de leis, regulando todo e qualquer uso linguístico, tanto escrito quanto falado. É neste sentido que se situa a problemática que envolve o ensino do Português, pois este tem seu ensino baseado exclusivamente na gramática normativa. Uma explicação para essa postura perante o ensino de língua materna deve-se a fatores educacionais que vem embutido de uma série de preconceitos e mitos, como o de que “para falar e escrever bem” é necessário saber gramática, deixando fora deste processo da construção do conhecimento, a prática da leitura. Assim, buscar-se-á neste trabalho desmistificar tal mito e enfatizará a importância da leitura para a formação de leitores e escritores competentes.
Palavras-chave: Literatura. Gramática. Ensino. Mito. Leitura.
As abordagens apresentadas no presente trabalho têm por finalidade trazer à tona um mito linguístico. A palavra mito entre tantos significados possíveis representa, aqui, uma ideia falsa. A temática analisada encontra-se no livro Preconceito Linguístico de Marcos Bagno mais precisamente no capítulo “É preciso saber gramática para falar e escrever bem”. O mito linguístico, apesar de não corresponder a realidade apresenta-se enraizado na mente da sociedade como uma verdade absoluta, porém o que se precisa é ser desmistificado à associação imprópria feita entre gramática