Da gramatica normativa a sociolinguistica: o lugar reservado a oralidade no ensino de portugues
O LUGAR RESERVADO À ORALIDADE NO ENSINO DE PORTUGUÊS
Elissandra Vasconcellos Moraes dos Santos – Licenciada em Pedagogia
Maria Beatriz Claudino Brandão - Licenciada em Pedagogia
Marilene Assis Mendes – Licenciada em Letras
Neide Maria Machado de França – Licenciada em Pedagogia
RESUMO
Historicamente a modalidade escrita da língua foi considerada como forma de linguagem legítima, cabendo à fala os rótulos de caótica, desprovida de organização lógica e lugar privilegiado do erro. Tais considerações baseavam-se no equívoco de confundir a língua com a gramática codificada. Por isso, no ensino de português ainda há uma forte presença do estudo da gramática normativa. Este trabalho tem como objetivo analisar a presença da modalidade oral da língua no ensino de português. Para cumprir tal objetivo, fizemos uma revisão de literatura publicada sobre o assunto e lançamos mão de teóricos como Marcuschi (2001).
Tentaremos evidenciar como tal ensino manteve e ainda mantém uma relação estreita com a gramática normativa, começaremos abordando os objetivos desse ensino. Em seguida, faremos uma análise do que vem a ser “gramática” e das concepções de língua e de linguagem que perpassam o ensino de língua materna.
Concluiremos com uma abordagem sobre a sociolingüística e as contribuições das variedades da língua em sala de aula. De acordo com a literatura analisada, nenhuma variação é superior ou inferior, mas, como o próprio nome já o diz, é uma variação e, portanto, nenhum falante dever ser estigmatizado por não dominar a variação mais difundida. Além disso, aos estudantes de língua portuguesa deve ser apresentado o maior número possível de modalidades linguísticas para que estes possam escolher entre as mais variadas possibilidades de uso da língua sempre que solicitado. Palavras-chave: oralidade, variação, ensino de português.
INTRODUÇÃO
A legitimidade ora conferida à modalidade escrita da língua é