O belo e a arte
Em antigas culturas gregas o conceito de belo teve implicações morais e intelectuais que condicionaram o alcance do seu sentido estético.
Acepções do belo
Foram três acepções fundamentais que prevaleceram entre os gregos: Estética, moral e espiritual.
Estético: No sentido estético o belo é a qualidade de certos elementos em estado de pureza, como cores agradáveis e formas abstratas. Depende de condições sensíveis e formais. A beleza desses elementos puros repousa na adequação aos sentidos, sobretudo aos ouvidos e vista. Belo é o que agrada ver e ouvir e no belo estético há uma antecipação das qualidades morais que o homem devera possuir e expressar em seus atos.
Moral: Se refere ao estado da alma. Na acepção moral a beleza é o patrimônio das almas equilibradas, que consegue manter-se em perfeita harmonia consigo mesmas, constituindo assim a medida do Bem. As ideias do Belo e do Bem formam uma união essencial, teórica e prática. Sócrates ensinou que tudo o que se pode chamar de belo é útil, e também não separou a Beleza do Bem, entendendo que nada é verdadeiramente bom sem que também seja útil.
Sendo assim, o que é Belo e Bom representa uma parcela da verdade ideal do conhecimento teórico que coincide com o Ser em sua Plenitude. A verdade possui sua própria beleza, a mais alta de todas igual a do Belo.
As artes estão subordinadas ao belo estético. Preenchendo uma finalidade moral, objeto da segunda espécie de beleza. O significado comum das acepções analisadas que se ligam entre si, é a excelência e o grau de perfeição desejáveis nas coisas exteriores. Por isso é que a beleza constitui fonte de prazer para os sentidos e para inteligência.
Tékne, Ars
É arte no sentido de fazer e produzir. São artísticos aqueles processos que, mediante o uso de meios adequados, permitem-nos fazer bem uma determinada coisa. Arte é a própria disposição prévia que habilita o sujeito a agir de maneira pertinente, seguindo o conhecimento