Duker
Especial - 100 anos de Peter Drucker
Desafios gerenciais para o século 21
Com sua capacidade de captar e avaliar tendências, Drucker nos deixou um legado para a gestão no século 21, e o dilema: como nos adaptarmos às exigências da sociedade do conhecimento, rumo ao novo mundo?
Peter Drucker gostava de levar uma vida simples. Não tinha secretária particular, fazia suas próprias cartas, não tinha hábitos extravagantes... Em seus 95 anos de vida, atuou em sete profissões diferentes: economista, analista financeiro, jornalista, conferencista, consultor, autor e professor. Detestava a tarja de “guru”, que para ele era associada ao charlatanismo.
No entanto, 11 de cada 10 estudiosos, acadêmicos e empresários o conhecem como o “pai da gestão moderna”. Tão moderna que ele inventou a Gestão como disciplina – acima de tudo, tornou a Gestão uma disciplina séria e respeitada, e acessível a milhões de pessoas – e definiu as funções do gestor atual, além de criar conceitos como as (re)privatizações, a gestão por objetivos, a descentralização nas empresas e outros.
O grande legado de Drucker está, porém, na sua capacidade de interpretar o presente, antever movimentações e vislumbrar as implicações futuras, que produziriam mudanças na sociedade, na economia e no mundo empresarial. Entre essas “premonições”, foi o primeiro a defender que os trabalhadores são os donos do ativo mais importante da sociedade moderna, ou sociedade pós-capitalista – o conhecimento.
A sociedade do conhecimento
Para Peter Drucker, essa nova sociedade será baseada no conhecimento de trabalhadores altamente qualificados. O saber será o recurso fundamental e diferenciador. Esses trabalhadores qualificados não constituirão a maioria na sociedade do conhecimento, mas serão o maior grupo da população ativa. E, mesmo que sejam ultrapassados em número por outros grupos sociais, serão aqueles que darão o corpo e a liderança a esta sociedade emergente.
Continuando nessa linha, ele chamava a