O bebê tem emoçoes
Para Rudge (2005), Darwin considera que as expressões de emoções são universais no humano, assim como assinala certas similaridades entre a expressão emocional no homem e em outros mamíferos. Assim, visa indicar que o comportamento expressivo humano é, do mesmo modo que sua anatomia e fisiologia, fruto da evolução.
Nos últimos tempos surge um crescente interesse para saber se o bebê tem emoção, pois suas expressões faciais de emoções parecem central para compreender o desenvolvimento infantil, seja cognitivo, afetivo ou social. Sendo que, as primeiras expressões emocionais do bebê ocorrem no contexto familiar, no qual o bebê participa das trocas efetivas e observam dos pais e de outras pessoas de convívio. Os pais, como principais cuidadores, assumem o papel de responsáveis pela estruturação do ambiente físico e social e definição de rotinas diárias para seus filhos.
É no microssistema familiar que as crianças começam a aprender a lidar com as emoções, onde esse sistema é definido como todo ambiente que a pessoa em desenvolvimento frequenta, interagindo face a face com outra pessoa, com objetos e símbolos. Tendo três características fundamentais a reciprocidade, equilíbrio do poder e o afeto. Acredita-se ainda, que o ambiente familiar e, mais especificamente, as interações iniciais mãe-bebê sejam o contexto privilegiado para a manifestação e aprimoramento das habilidades no campo afetivo e de interação social.
“Através das trocas afetivas da mãe com o bebê, ele vivencia calor emocional, o começo de um processo de conhecimento do outro e a possibilidade de expressão de suas emoções. Regulações mútuas entre os parceiros criam padrões dinâmicos e organizados de comportamentos e respostas afetivas (SEIDL DE MOURA; RIBAS; SEABRA ET AL.