a ética e a politica em foucault
Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005) com estágio doutoral na Université Paris XII e no Centre Michel Foucault. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2000). Bacharel e licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1991) e Bacharel em Teologia pela Pontificia Universidad Católica de Chile (1997). Professor Adjunto III do Curso de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Coordenador do curso Ética em perspectiva (desde 2009). Autor de 23 artigos publicados em revistas especializadas, 13 capítulos de livros e o livro "Foucault e a crítica da verdade" (Autêntica, 2010; 2a. edição revista em 2013.
Neste artigo são expostas as concepções de Foucault em relação à ética e política, onde ambas estariam ligadas (na teoria) ou não (na prática) pelo cuidado de si. O cuidado de si seria a forma como o homem controla suas paixões egoístas reveladas através do conhecimento de si para manutenção do cuidado dos outros, isto é, para melhor convivência social, devemos cuidar primeiro de nós mesmos para que possamos cuidar dos outros. Nesse contexto, Foucault, analisa as sociedades antigas, em particular a Grécia, na qual se interessa pelas concepções socráticas no cuidado de si como característica necessária para atuação política, de governar os outros. A governamentalidade, assim chamada por Foucault como “a arte de conduzir os outros e a maneira pela qual conduzimos a nós mesmos” (FOUCAULT, 2004, p. 197), deveria estar ligada diretamente à ética do governar a si (cuidado de si) como um mecanismo para estabelecer a paz na sociedade. Aduz Foucault que não deve haver diferença entre o governador e o governado, assim como na Grécia antiga, onde tanto na política quanto na vida doméstica todos os indivíduos possuíam