A ética de aristóteles
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A Ética Aristotélica
Paula Ignacio
Todos os homens que procuram investigar algo o fazem com um fim, e esse fim é sempre um bem. Como estamos sempre investigando e aprendendo coisas, podemos dizer que o bem é a finalidade de todas as coisas, aquilo a que todas as coisas tendem.
Esse bem que é um fim pode tanto ser o produto final de ações, como as próprias ações. Às vezes o produto final é completamente distinto das ações, mas tanto um quanto outro podem ser considerados bens, ou somente um deles, mas geralmente quando os resultados das ações são completamente diferentes dessas, esses resultados são por natureza melhores, mais excelentes do que as próprias ações que o originaram.
Os homens se ocupam de diversas ações, e cada ação tem um fim diferente, ou bens diferentes. Por exemplo, cada arte tem uma finalidade diferente, a medicina tem como finalidade a saúde, etc. Há muitos casos em que uma arte fica subordinada a outra, por exemplo, quando a equitação é importante para as ações militares.
Quando há subordinação, ou quando uma arte inclui outros bens que não o fim dela mesma, devemos valorizar o fim primeiro, das artes fundamentais, pois as finalidades terceiras devem sempre visar o bem das finalidades primeiras. Portanto, não importa se o fim é a própria ação (equitação) ou algo diferente (ações militares), o que importa é que ambos visam bens.
Como sempre há fins terceiros, para todas as coisas que fazemos, deve haver um fim último para todas as coisas, algo onde tudo o que fazemos seja para atender ao interesse desse fim. Mesmo que pratiquemos nossas ações sem nos apercebermos desse fim último, gerador de todas as ações, ainda o faríamos por ele. Esse fim deve ser o bem supremo, e conhecer o que vem a ser o bem supremo certamente tornaria mais fácil a tarefa de o alcançarmos.
Precisamos primeiramente determinar como e