A etica de aristoteles
Estagira, Calcídica | Morte | 322 a.C. | Ocupação | Filósofo e Professor | Escola/tradição | Escola peripatética, Academia de Platão, Realismo, Fundacionalismo | Principais interesses | Política, Metafísica, Ciência, Lógica, Ética | Idéias notáveis | Lógica, Biologia, Doutrina do meio-termo, Metafísica, Razão | Influências | Parmênides, Sócrates, Platão, Heráclito | Influenciados | Alexandre Magno, Al-Farabi, Avicena, Averróis, Alberto Magno, Copérnico, Galileu Galilei, Ptolomeu, Tomás de Aquino, e a maior parte da filosofia islâmica, filosofia cristã, filosofia ocidental e a ciência em geral | Passam-se dias, meses, anos, décadas, séculos, e o ser humano, imperfeito por natureza, repete-se nos mesmos erros, nos mesmos sentimentos, para o bem e para o mal. Avançam as civilizações, nas ciências, nas tecnologias, transformam-se as formas de ser e de estar em sociedade, mas o homem continua a cometer os mesmos erros, sem emenda, e pior, aduzidos de refinamentos e de falsidades disfarçadas por máscaras cada vez mais sofisticadas. Porque não aprende o homem, com a experiência, a capacidade de correcção? Porque é que a lei, as regras e os princípios são rapidamente colocados de parte, dificilmente se elevando, e facilmente o ser humano se alicia no incumprimento, no vício, na inveja, na gula, na soberba, e na ganância? Já no séc. IV a.C., Aristóteles, reflectindo sobre a natureza dos homens e preocupado com o seu aperfeiçoamento, sobretudo através dos jovens, escreveu na Grécia um Tratado sobre a ética, Ética a Nicómaco. Segundo Aristóteles, a actividade jurídica e a política estão unidas à moral, uma vez que o fim último da política é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos, e o fim último do Estado é proporcionar o conjunto dos meios necessários a essa formação. Nesta perspectiva, o Estado é também um organismo