A Ética em Aristóteles
RESUMO - As Concepções Éticas de Aristóteles e Kant e Seus Reflexos na Modernidade
1. A Ética de Aristóteles:
1.1. A filosofia Prática e Suas Partes:
a) Para Aristóteles, todas as coisas tendem para um fim;
b) Nos seres racionais os fins são alcançados, por intermédio de um meio (mediato), diferentemente, dos seres irracionais, onde os fins, são alcançados sem a necessidade de um meio (imediato) e são necessários;
c) Por ser dotado de inteligência, o homem tem um fim muito mais nobre cuja realização se dá pela ação de sua liberdade;
d) O Homem tem de saber como organizar sua vida para atuar segundo sua própria natureza, e não sob o enxurro (excesso), da necessidade ou do acaso;
e) Filosofia prática – consiste em buscar o fim e os meios da atividade inerente ao homem, contém, ainda, três partes, quais sejam:
1) Às regras da vida individual ou ÉTICA;
2) Às regras da vida familiar, ou econômica;
3) Às regras da vida sócia, ou política;
São duas as ordens de relação dessas partes, quais sejam:
1) Cronológica: ética > econômica > política;
2) Ordem da natureza e da perfeição: política > econômica > ética
f)
Ética – trata das regras da vida pessoas sendo dividida em duas partes, quais sejam, ética geral e ética particular;
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1.2. A Felicidade como Bem Ético:
a) A relação que a ética tem com a natureza em Aristóteles não é a mesma que tem em
Platão;
b) Para Platão o bem é transcendente, ou seja, superior, estando fora do alcance da ação ou do conhecimento e a natureza é hostil ou puramente passiva;
c) Para Aristóteles o bem é imanente, ou seja, existe sempre em um dado objeto e é inseparável dele e a natureza é amistosa e ativa;
d) A virtude não é inata, ou seja, não nascemos com ela, porém há tendência natural para que nos tornemos virtuosos;
e)
É preciso saber distinguir o bem em si do bem para o homem. O bem que se ocupa a ética não é um bem em si, mas tão somente um para o outro. Portanto, bem relativo e não bem